Mãe de filha do dançarino diz que é difícil falar sobre morte com menina.
Douglas foi morto semana passada no Pavão-Pavãozinho.
Larissa Ignácio, ex-namorada do dançarino DG
(Foto: Reprodução/TV Globo)
(Foto: Reprodução/TV Globo)
A ex-namorada e mãe da filha do
dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, morto na terça-feira (22)
após levar um tiro no Morro Pavão-Pavãozinho, Zona Sul do Rio, relatou a
dificuldade de contar para a filha do rapaz sobre a sua morte. O
depoimento foi ao ar na edição especial do programa 'Esquenta!', que foi ao ar neste domingo (27).
"Disse que ele tinha virado uma
estrelinha no céu, mas ela não aceitou", contou Larissa Ignássio. Ela
acrescentou que a pequena Laylla, de 4 anos, era muito apegada ao pai e
que inclusive imitava as coreografias dele.
O programa 'Esquenta!", da TV Globo,
que foi ao ar neste domingo (27) homenageou o dançarino Douglas Rafael
da Silva Pereira, morto na terça-feira (22) após levar um tiro no Morro
Pavão-Pavãozinho, Zona Sul do Rio. A apresentadora Regina Casé falou
sobre a dificuldade de gravar o programa após o enterro de Douglas, e
vários convidados do programa choraram em diversos momentos.
"Hoje infelizmente não conseguimos
por no ar um programa lindo porque um dos nossos dançarinos, talvez o
mais alegre, o mais querido pelas crianças, foi brutalmente assassinado
com um tiro pelas costas", afirmou.
A maior violência que
tem é a impotência. Parece que tem tanta coisa para fazer que não dá pra
fazer nada. Temos que dar um jeito de quebrar essa impotência",
acrescentou a apresentadora, antes de chamar o MC Bob Rum, que cantou o
funk 'Era só mais um Silva', sucesso dos anos 90 nos bailes do Rio, em
referência a um dos sobrenomes de DG. Nesse momento, o próprio cantor e a
mãe de DG, Maria de Fátima Silva Pereira, foram às lágrimas, assim como
Regina e diversos convidados.
Durante o programa, o Bonde da
Madrugada, grupo do qual o dançarino fazia parte, fez coreografias
especiais e uma música lembrando o amigo morto. "A gente vai lugar pelo
sonho do DG, que era fazer com o que o bonde seja conhecido
internacionalmente. Vamos dançar por ele", disse um dos integrantes,
muito emocionado. "Com nosso DG no céu, até os anjos vão dançar",
cantou, depois.
No dia da morte de Douglas, uma grande manifestação nos arredores do
Pavão-Pavãozinho terminou com mais uma pessoa morta, Edilson da Silva
dos Santos, de 27 anos, baleado no rosto.
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