A
crise financeira que atinge o Hospital Espanhol o obrigou, nesta
terça-feira (27), em reunião do conselho por maioria de 11 a 9, a
decidir pela hipoteca de 11 imóveis da Real Sociedade Espanhola de
Beneficência ao Desenbahia. O hospital tinha adquirido um empréstimo de
R$ 54 milhões no início do ano. O banco não tinha garantia real, mas
contava com os recebíveis da Planserv e CASSI. Como os faturamentos dos
dois planos estão ínfimos devido à falta de estrutura e fechamento de
unidades, o banco exigiu a alienação dos prédios, deixando o atual
presidente, Demétrio Garcia, e o seu diretor financeiro como fiéis
depositários. A primeira parcela vence em dois meses. Não sendo quitada,
a instituição terá que pagar o valor integralmente, de acordo com o
novo aditivo. No ano passado, o Espanhol havia solicitado à Caixa
Econômica R$ 53 milhões, dos quais R$ 30 milhões foram liberados.
Somando as dívidas com os bancos e os fornecedores, o hospital deve algo
em torno de R$ 190 milhões. A entidade já chegou a faturar R$ 18
milhões, mas com a crise financeira caiu para cerca de R$ 4 milhões. Ou
seja: só as dívidas com a Caixa e o Desenbahia já inviabilizam por
completo o seu funcionamento. Há quem diga que já há um plano do governo
para tomar a instituição, transformá-la em um hospital da Planserv ou
entregá-la para uma fundação. O que é mais provável, já que fatalmente a
Sociedade Espanhola de Beneficência, não honrando os compromissos, terá
que entregar tudo aos credores.
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