segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Brasileiro fará parte da 1ª turma de universidade cursada em seis países


  Guilherme Nazareth, de 19 anos, vai fazer parte da primeira turma da Minerva, a universidade sem salas de aula (Foto: Divulgação/Universidade Minerva)


O gaúcho Guilherme Nazareth de Souza, de 19 anos, embarca na próxima quarta-feira (27) para São Francisco, nos Estados Unidos, para integrar a primeira turma da Universidade Minerva. O projeto, que pretende revolucionar o modelo de ensino superior praticado no mundo, inicia o primeiro semestre letivo em 8 de setembro com 32 alunos de 13 países, como China, Suécia, Trinidad e Tobago, Palestina e Estados Unidos. As aulas do primeiro ano acontecerão na Califórnia, seguido de um ano dedicado só a estágios. No ano letivo seguinte, os alunos viverão em Buenos Aires (Argentina) e Berlim (Alemanha). Depois, vão morar em outras quatro cidades em vários países, antes de conseguirem o diploma de graduação.
Guilherme, de Porto Alegre, é o único brasileiro a integrar a turma inaugural da instituição, que é reconhecida como uma universidade pelo governo americano, mas pretende ser completamente diferente de outras instituições do país e do mundo.
Os alunos podem definir seu currículo dentro de cinco grandes áreas: ciências da computação, ciências sociais, artes e humanidades, ciências naturais e negócios. No primeiro ano, porém, todos os estudantes passarão por um ciclo básico destinado a ensinar os jovens a pensar de forma crítica, a se expressar e a desenvolver técnicas de liderança.
Como aluno da turma inaugural, Guilherme terá bolsa integral da anuidade do curso (de US$ 10 mil, cerca de R$ 22 mil), além de não precisar pagar pelo dormitório (com custo de US$ 12 mil, ou cerca de R$ 28 mil) nem no primeiro ano nem no segundo, caso decida estagiar em São Francisco. Os gastos com comida são estimados em US$ 6 mil dólares (cerca de R$ 13 mil). Mesmo sem saber se conseguiria bolsa, Guilherme explica que o valor da Minerva também foi um atrativo. "As melhores universidades dos Estados Unidos têm cursos que podem chegar a 60 mil dólares", disse ele.
Guilherme acredita que a liderança que ele exerceu no grêmio estudantil do seu colégio foi um dos fatores, além das notas altas na escola, que garantiram sua vaga. "Espero muito trabalho, já estou sendo acostumado com a ideia de que vai ser um currículo muito rigoroso, como eu gostaria", diz.

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