Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
Doze deputados federais baianos respondem a inquéritos criminais e
ações penais que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), apontou
levantamento divulgado pelo site Congresso em Foco, um número que
equivale a cerca de 30% dos representantes do estado. No total, são 13
inquéritos criminais e quatro ações penais divididas entre três
parlamentares do PT, dois do PSD, dois do PP e um do PTN, SD, PTB, PDT e
PR. Afonso Florence (PT), ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, é
investigado no Inquérito 3474 por improbidade administrativa. Arthur
Maia (SD), que é líder do Solidariedade na Câmara responde, juntamente
com o deputado Bacelar (PTN) – também líder da sigla -, ao Inquérito
3934 por lavagem de dinheiro e peculato. Benito Gama, que é
vice-presidente nacional do PTB, é réu na Ação Penal 920 por crimes
eleitorais. A suspeita é de que acusou, de maneira indevida, um
candidato à prefeitura do município Ituaçu (BA) de praticar atos
criminosos. Luiz Caetano (PT), ex-prefeito de Camaçari, é investigado no
Inquérito 3956 por crimes de responsabilidade. O Ministério Público
Federal apura se Caetano desviou quantia milionária de recursos públicos
do Fundeb, entre 2009 e 2013, mediante simulação de obras em escolas
públicas do município. Félix Mendonça Jr. (PDT), é investigado no
Inquérito 3756 (crimes previstos na legislação extravagante, que ferem a
Lei das Licitações ou eleitorais). Fernando Torres (PSD) foi apontado
em dois inquéritos (3787 e 3784) por crimes de lavagem de dinheiro.
Ainda é réu na Ação Penal 934 por crimes contra a ordem econômica,
instaurada para apurar suposta prática de crime de revenda de
combustível líquido em desacordo com a legislação. João Carlos Bacelar
(PR), conhecido como Jonga, é investigado em três inquéritos (3701, 3704
e 4026) por peculato, falsidade ideológica e crimes eleitorais. Paulo
Magalhães (PSD) é Réu na Ação Penal 896 por crimes eleitorais e
investigado no inquérito 3732 por tráfico de influência. Roberto Britto
(PP), foi citado pelo doleiro Alberto Youssef como favorecido da cota do
PP de R$ 30 mil a R$ 150 mil no esquema de desvio de dinheiro da
Petrobras. Também é réu na Ação Penal 512 por crimes eleitorais. Ronaldo
Carletto (PP) é investigado nos inquéritos 4063 e 3934 por crimes
contra o sistema financeiro, peculato e lavagem de dinheiro. Por fim,
Valmir Assunção (PT) é investigado no Inquérito 3945 por crimes
eleitorais. Á publicação, apenas três dos 12 deputados deram resposta:
Paulo Magalhães afirmou que a ação penal será arquivada pelo STF, assim
como o inquérito deverá ser arquivado pelo MP; Félix Jr alegou que o
procurador-geral da República requereu o arquivamento do inquérito, por
esse não constituir infração penal; Já Benito Gama disse aguardar o
arquivamento pois o processo prescreveu. "Deve ter ido ao Supremo, pois
com minha eleição para deputado federal o foro para julgamento de ações é
o STF, inclusive para arquivamento”, diz a nota. Já no Senado, nenhum
dos baianos responde no Supremo.
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