quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Coluna Jorge Barros: Criminosos não merecem prêmios

Coluna Jorge Barros: Criminosos não merecem prêmiosOs parlamentares malandros não dormem em Brasília. Eles estão acordados, bem acordados para agirem na calada da noite, na escuridão da noite. Segunda - feira, 19, mais uma façanha dos bandidos que se envolveram em crimes do Caixa Dois; dinheiro obtido de empreiteiras e de outras origens, mas nunca declarado à Justiça Eleitoral, portanto, dinheiro sujo, dinheiro do crime. Duzentos políticos são denunciados na Operação Lava Jato por essa prática criminosa, que joga lama fétida em nosso sistema político já bastante fragilizado e pra lá de avacalhado. Com medo do avanço da Operação Lava Jato e da vigência da lei que criminaliza o uso de Caixa Dois, os malandros ensaiaram a viagem em mais um Trem da Alegria, isto é, a aprovação de uma emenda para anistiar todos os criminosos do Caixa Dois antes da aprovação da Lei Anticorrupção. Buscavam prêmios para si mesmos. No geral, o bandido quer sempre ficar oculto, sem revelar sua identidade. Foi o que aconteceu com o autor da Proposta Indecente. Ele não se identificou, era um fantasma e, sequer, o plenário da Câmara tinha o real conhecimento do seu texto “Texto Produto do Delinquente Criminoso do Caixa Dois”. Mas a imoralidade foi desmascarada, e a texto do autor desconhecido foi retirada da discussão. É chegada a hora da virada. Ou o povo se organiza e se levanta ou então ele verá os seus cofres que guardam os seus sacrificados impostos ficarem completamente vazios. A linguagem política destina-se a fazer com que a mentira soe como verdade e o crime se torne respeitável, bem como a imprimir ao vento uma aparência de solidez (George Orwell).
Professor Jorge Barros (UESB)

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