sábado, 3 de dezembro de 2016

Mulheres trabalham mais e ganham menos, aponta IBGE

Mulheres brasileiras trabalham, em média, cinco horas a mais por semana que os homens, segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS 2016), referente a 2015 e divulgada nesta sexta-feira (02/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto a jornada semanal das mulheres é, em média, de 55,1 horas, a dos homens fica em torno de 50,5 horas. Além de trabalhar mais, as mulheres também ganham menos. De acordo com o levantamento, a renda das mulheres equivalia a 76% da dos homens em 2015. Dez anos antes, essa porcentagem era um pouco menor, de 71%. O estudo divide a jornada total de trabalho em atividades remuneradas e domésticas. De acordo com a pesquisa, as mulheres tendem a receber menos que os homens porque trabalham, em média, seis horas a menos por semana em sua ocupação remunerada. Porém, como dedicam duas vezes mais tempo que os homens a atividades domésticas, trabalham, no total (dentro e fora de casa), cinco horas a mais que eles. No que diz respeito ao trabalho remunerado, os homens acumularam mais horas de trabalho. Segundo o estudo, a jornada de trabalho dos homens fora de casa foi de 40,8 horas em 2015. A das mulheres, de 34,9 horas.

 Apesar desse cenário marcado pela desigualdade de gênero, a pesquisa mostra que cresceu o número de mulheres chefes de família na última década. Segundo o levantamento, as mulheres foram responsáveis pelo sustento de pelo menos 40% das casas brasileiras em 2015. No total, cerca de 70% das mulheres brasileiras estão fora do mercado de trabalho. A maioria tem 50 anos ou mais, não tem qualquer escolaridade ou só completou o ensino fundamental. No Brasil, boa parte das mulheres jovens, com idade entre 15 e 29 anos, não estudou, nem trabalhou, em 2015. De acordo com o estudo, isso pode estar relacionado às barreiras para a entrada de mulheres no mercado de trabalho e também à dedicação aos afazeres domésticos. Cerca de 29,8% das mulheres dessa faixa etária não trabalhava, nem estudava em 2015. Entre os homens, essa porcentagem foi de 15,4%.

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