sábado, 11 de fevereiro de 2017

Mulheres de PMs seguem nas portas de batalhões no ES; governo diz que policiais não voltaram às ruas

Mulheres seguem ocupação nas portas dos batalhões em Vitória (Foto: Juliana Borges/ G1)
As mulheres de PMs seguem ocupando as portas dos batalhões da Polícia Militar no Espírito Santo após o fim do prazo firmado entre representantes da categoria e o Governo do Estado. Um acordo previa que os policiais voltassem ao trabalho às 7h deste sábado (11).
A associação dos Oficiais Militares diz que a maioria dos PMs quer continuar nos batalhões. A Secretaria de Estado da Segurança Pública confirma que as ruas da Grande Vitória e do interior continuam sem a PM.
O Espírito Santo está sem policiamento nas ruas desde o sábado passado (4). Nesse período, o estado registrou 137 mortes, ante as 122 em todo o mês de fevereiro de 2016. Roubos e saques têm sido comuns.
Representantes dos policiais militares e do Governo do Estado chegaram a um acordo, na noite desta sexta-feira (10), em uma reunião sem a participação das mulheres dos PMs que ocuparam a frente dos batalhões no estado.
Não vimos nenhum movimento de volta da PM, só o governo pode falar. Rodamos alguns batalhões e havia bastantes resistência das mulheres e dos PMs. A maioria deles quer ficar nos batalhões", afirmou o major Rogério Fernandes Lima, da Associação dos Oficiais Militares.
Segundo Lima, os policiais "se dizem revoltados com o secretário e com os governadores (em exercício e licenciado). Eles acham que as falas do governo são agressivas e ofendem as mulheres deles. Isso acabou acirrando os ânimos."
Sobre uma possível volta à normalidade, o major disse que só diálogo é o caminho. "Só aposto no diálogo. Acho que é o melhor caminho. Qualquer medida contrária só vai agravar."
Na porta do quartel de Maruípe, uma policial militar conversou com as manifestantes. Ela pediu para que as mulheres deixassem o local.
"Ontem nós recebemos uma ordem, e nós temos que dar um jeito. Nosso último recurso é querer algum problema. A gente sabe que são mães, mulheres grávidas, eu quero pedir de coração, encarecidamente para vocês saírem. Estamos todos aqui à flor da pele, nervosos. Oito horas a gente tem que estar lá. Não sei o que vai acontecer depois do que aconteceu ontem. Nós estamos precisando. O pessoal não está aguentando

Nenhum comentário:

Postar um comentário