Quando o mês de maio de 2015 terminar, mais de 25 mil baianos terão sido enterrados desde janeiro de 2011, todos vítimas de violência. O marco se refere à atual gestão do Secretário da Segurança Pública, o carioca, bacharel em Direito e delegado da Polícia Federal, Maurício Barbosa, empossado no cargo no segundo mandato de Jaques Wagner. Nenhum outro titular da pasta na história do estado chegou a números tão expressivos da violência. Em média, a cada dia a mais da gestão, 15 baianos são assassinados.
Os números foram obtidos por cruzamentos de dados feitos por este blog, usando informações do DataSUS, Mapa da Violência, Anuário da Segurança Pública, e os próprios boletins da Secretaria de Segurança Pública. Além disso, pelo menos 17 chacinas foram contabilizadas durante os 53 meses da gestão do atual secretário. O vice-campeão nas estatísticas de mortes é o também delegado da polícia federal César Nunes, que assumiu a pasta por três anos, entre fevereiro de 2008 e janeiro de 2011. Sob seu comando, a segurança pública na Bahia contabilizou 14830 homicídios. O terceiro lugar é o general do Exército Edson Sá Rocha, que assumiu a pasta por quatro anos,

Ventre 2003 e 2006. Apesar de ficar quase o mesmo tempo que Maurício Barbosa, ele teve menos da metade de homicídios para explicar. Foram 10743 baianos mortos em sua gestão. A taxa considerada “aceitável” de homicídios pelas Organizações das Nações Unidas é de 10 mortes violentas a cada grupo de 100 mil habitantes. Acima disso, a ONU classifica como violência epidêmica. Os dados mais recentes do Mapa da Violência colocam a Bahia como quarto estado na taxa de homicídios no Brasil, com 36,3 assassinados por cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2002, o estado era o 15° colocado nesse ranking, com 15,6 mortos a cada 100 mil habitantes. O estado tem a incidência de mortes 360% acima do considerado aceitável para os padrões internacionais