O diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Francisco Costa, informou ao G1 por volta das 17h desta sexta-feira (25) que, após assembleia realizada nesta tarde, a categoria decidiu que não aceita o reajuste estabelecido pela Justiça durante o julgamento do dissídio, também feito na tarde desta sexta.
Após o julgamento do dissídio, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Salvador, a Justiça determinou reajuste de 7,5% para a categoria, que está em greve há três dias. Segundo o TRT, com a decisão de não voltar ao trabalho, o sindicato da categoria vai pagar multa diária de R$ 50 mil e os sindicatos patronais de R$ 25 mil.
O TRT informou que a greve foi considerada abusiva, mas não ilegal e que o Sindicato dos Rodoviários terá que pagar uma multa de R$ 150 mil por descumprir a liminar judicial que determina a frota de 60% dos coletivos nas ruas nos horários de pico e 40% nos horários normais. Também por não obedecer a liminar, os sindicatos patronais vão pagar multa de R$ 75 mil, informou a assessoria do Tribunal Regional do Trabalho - 5ª região.
Antes do julgamento, ocorreram algumas audiências de conciliação entre empresários e empregados de ambas as categorias, mas não houve acordo. A decisão de unir os julgamentos foi anunciada no início da tarde desta quinta-feira (24). A Justiça do Trabalho considerou a similaridades das matérias para tomar a decisão e reduziu o prazo legal dos processos.
Desde a meia-noite de quarta-feira (23), a população baiana está sem ônibus urbanos, intermunicipais e interestaduais.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps) informou que convocou os rodoviários a retormarem as atividades imediatamente. O Setps informou que entende que as negociações estão encerradas e que houve reajuste também de 4,8% no ticket alimentação, que era de R$ 10,70 e determinação da Justiça de pagamento do quinquênio.
Transporte
Durante a greve, a circulação do transporte alternativo e de táxis na capital baiana é fiscalizada pela Transalvador. De acordo com órgão, a liberação do transporte alternativo se restringe aos 278 veículos do STEC (Serviço de Transporte Especial Complementar), que agora podem fazer itinerários que antes eram reservados para os ônibus convencionais.
Durante a greve, a circulação do transporte alternativo e de táxis na capital baiana é fiscalizada pela Transalvador. De acordo com órgão, a liberação do transporte alternativo se restringe aos 278 veículos do STEC (Serviço de Transporte Especial Complementar), que agora podem fazer itinerários que antes eram reservados para os ônibus convencionais.