Foto: Reprodução / Wikipedia
As chuvas da última sexta-feira (19) inundaram a Biblioteca Nacional, no centro do Rio de Janeiro. A combinação de muita chuva com um cano desconectado provocou alagamentos em todos os cinco andares. O quinto pavimento, onde ficam os setores de editoração, pesquisa, eventos e o refeitório, foi o mais prejudicado. O acervo de livros e documentos escapou da inundação, segundo a direção da principal biblioteca brasileira. A Associação de Servidores da Biblioteca Nacional publicou fotos e vídeos em sua página no Facebook, com água descendo do teto e poças nos corredores. A biblioteca informou que, embora o acervo não tenha sido prejudicado, somente nesta segunda-feira (22), seria possível avaliar as perdas e prejuízos. A direção admitiu que o prédio, inaugurado em 1910 na Cinelândia, principal praça do centro carioca, não possui alvará do Corpo de Bombeiros. Seu acervo reúne cerca de 9 milhões de itens. É considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como uma das principais bibliotecas nacionais do mundo. A associação acusou que, desde 2012, alerta sobre acidentes nas partes interna e externa do prédio. "Os vazamentos e outros fatos (elevadores precários, sistema elétrico inadequado, equipamentos de ar obsoletos.) vêm trazendo intranquilidade e iminência de riscos a servidores e trabalhadores do prédio-sede", divulgou a entidade na rede social. Os servidores dizem que não há engenheiro responsável pelo prédio. "O edifício data de 1907 (início da construção). Desconhecemos qualquer laudo de vistoria predial que nos garanta segurança para permanecermos ali. Tragédias são noticiadas todos os dias envolvendo desabamento, queda de coberturas, marquises, vazamentos e incêndios. A completa falta de atenção e descuido com a manutenção dos prédios da Biblioteca Nacional vêm agravando a situação e aumentando a insegurança de todos. A Real Biblioteca e todas as coleções formadoras vêm sofrendo com as altas temperaturas dos armazéns, vazamentos e fungos!", afirma a instituição no texto.
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