terça-feira, 16 de outubro de 2018

Rui Costa admite erros do PT e critica Bolsonaro

  


Por Rodrigo Daniel Silva
O governador reeleito Rui Costa admitiu, ontem, erros do PT e ainda criticou o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que é adversário de Fernando Haddad (PT) na corrida pelo Palácio do Planalto. Segundo ele, “faltou humildade” ao Partido dos Trabalhadores para reconhecer que erro ao não aprovar uma reforma política e pôr fim ao financiamento privado de campanha.
Para o petista baiano, a legenda “entrou no salão” e começou a “dançar e não mudar a música, mas sim dançar a música que todos tocaram”. “Eu acho que esse foi o grande erro nosso, de não ter enfrentado isso lá quando Lula era presidente. Deveria ter dado um basta para facilitar a separação do joio do trigo. Sempre tive essa opinião, isso [o financiamento] é a raiz de grande parte da corrupção que envolve os agentes públicos", afirmou, em entrevista à rádio Metrópole. 
O chefe do Palácio de Ondina fez questão de ressaltar, no entanto, que os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff foram "os que mais avançaram no controle institucional".  "A lei da delação quem enviou para o Congresso foi Dilma. Quem fortaleceu o Ministério Público e a Polícia Federal foram Lula e Dilma. Fortaleceram as instituições. Mesmo agindo assim houve massificação de que foram os responsáveis por tudo", pontuou.
O governador ironizou Bolsonaro por se ausentar dos debates presidenciais. O capitão da reserva disse que pode não comparecer aos confrontos por “estratégia”. Ele lidera, até o momento, todas as pesquisas de intenção de votos no segundo turno. “Eu vi uma charge engraçada hoje. O cabra perguntava: 'doutor, que remédio tenho que tomar para ir ao debate?' E o médico respondia: 'coragem'", provocou.
Rui Costa voltou a condenar a atitude do deputado do PSL de gravar um vídeo no qual ensina uma criança a imitar com a mão. "Isso, para mim, me causa uma repulsa tão grande, uma indignação tão grande. Não consigo ver como exemplo para as nossas crianças. Temo por nosso país. É algo assustador", criticou. O mandatário do Executivo baiano disse ainda ser "imprevisível" o que irá acontecer com o país em caso de vitória do deputado Jair Bolsonaro. "É imprevisível o que vai acontecer com o nosso país, seja do ponto de vista das relações com os estados e municípios, e também do funcionamento das instituições democráticas. Minha preocupação é grande não só como governador, mas também como pai de família", salientou. “Meu receio é que a crise não acabe esse ano e dure mais quatro anos. E o pior que o Brasil aprofunde a falta de credibilidade internacional", acrescentou

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