Um jornalista de Salvador fez, neste domingo (5), uma postagem em rede social na qual acusa policiais militares de ter o agredido nesta madrugada, resultando em uma corte que precisou de oito pontos para ser suturado, além de várias escoriações. De acordo com Marivaldo Filho, o caso ocorreu por volta da meia-noite.
Em conversa com o G1, o
jornalista disse que estava saindo de uma festa, no bairro do Bonfim,
quando viu policiais agredindo um amigo dele. “O motivo foi que meu
amigo colocou um copo em cima do carro de um dos policiais, que estava
na festa, fora do horário de serviço. A discussão foi iniciada e então
os outros policiais, que estavam em uma viatura, se juntaram ao colega e
começaram a agredir o rapaz com toda violência”, conta.
Ao ver cena, Marivaldo diz que
sacou o celular e fotografou a agressão dos PMs. “Aí um dos policiais me
questionou o motivo de ter tirado a foto e ordenou que eu a apagasse.
Me recusei a apagar, e então ele me deu voz de prisão por desacato e
desobediência”, diz o jornalista.
Marivaldo afirma que as agressões
contra ele começaram quando ele foi colocado dentro da viatura. “Um
deles começou a dar vários socos na minha cabeça e mandou eu desbloquear
meu celular, para ele apagar a foto. No momento, estava tão
desorientado por causa das agressões, que eu não conseguia colocar a
senha do celular. Quando errei pela terceira ou quarta vez, o policial
pegou um objeto no chão e bateu com ele na minha cabeça, provocando o
ferimento que precisou de sutura médica”.
O jornalista foi colocado na
viatura e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de
Roma. Após ser atendido, ele foi levado para a Central de Flagrantes,
no bairro do Iguatemi, onde foi lavrado o boletim de ocorrência por
desacato.
Na postagem feita na internet,
Marivaldo disse que vai procurar a corregedoria da polícia nesta
segunda-feira (6), para registrar a denúncia do ocorrido.
O governador da Bahia, Rui Costa,
em seu perfil no Facebook, se posicionou sobre o caso. “Determinei ao
secretário de Segurança, Maurício Barbosa, e ao comandante da PM,
coronel Anselmo Brandão, a apuração rigorosa dos acontecimentos
noticiados. Reitero que os policiais militares da Bahia têm o dever de
garantir a segurança da população e a paz nas ruas, conforme os
preceitos legais”, escreveu o governador.
Através da assessoria de
comunicação o Comando Geral da PM informou que até o momento, não há
registro formal nos órgãos correcionais da Corporação sobre o fato. Em
nota, a PM ainda afirma que irá apurar as circunstâncias do ocorrido,
com a finalidade de buscar a verdade dos fatos, e caso haja a
confirmação do relatado, irá aplicar as medidas previstas em lei. (G1)
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