Após vários anos de queda, especialistas preveem que a tendência global de alta, já sentida pelos brasileiros, irá se acelerar no futuro próximo
O mundo se acostumou a pagar pouco para se alimentar. Após anos de comida barata, o índice de preços alimentícios da FAO (órgão da ONU para a alimentação e agricultura) alcançou em novembro seu auge dos dois últimos anos, impulsionado pela carne (afetada pela peste suína na China) e o óleo de cozinha. Mas o fenômeno não acaba aqui. Um relatório do banco Nomura alerta que a era dos alimentos a preços baixos poderia chegar ao fim por causa da elevação da demanda e de restrições à oferta que impulsionarão os custos nos próximos anos. “Parece que se chegou a um ponto em que os preços já não são sustentáveis para os produtores”, resume Denis Drechsler, da FAO.