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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Navio que pode ser responsável por vazamento é identificado

Embarcação não estava na lista divulgada pela Polícia Federal




Foto: Felipe Ribeiro / JC Imagem / Estadão Conteúdo 
Óleo vem castigando as praias do Nordeste.

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) informou neste domingo (17) ter identificado um navio que seria responsável pelo vazamento de óleo no litoral do Nordeste. O nome da embarcação e a sua bandeira não foram divulgados, mas não se trata de nenhuma das cinco apontadas pela Marinha como as principais suspeitas pelo derramamento. O cargueiro teria partido da Ásia em direção à África.

O coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Ufal, Humberto Barbosa, afirmou que os dados coletados serão encaminhados ao Senado Federal no próximo dia 21, quando haverá uma audiência pública da comissão externa que acompanha as investigações.

Óleo vem castigando as praias do Nordeste.

Foto: Felipe Ribeiro / JC Imagem / Estadão Conteúdo Na última sexta-feira, 15, o Lapis conseguiu identificar uma nova imagem do satélite Sentinel-1A, do dia 19 de julho deste ano, que revela uma mancha de óleo com cerca de 25 quilômetros de extensão por 400 metros a 26 quilômetros do litoral da Paraíba.

O Lapis já havia identificado, a partir de imagens de três satélites (Sentinel 1-A, Aqua-Modis e NOAA-20) feitas em 24 de julho, uma grande mancha de óleo a 40 quilômetros do litoral do Rio Grande do Norte.

"Já havíamos definido um padrão, um protocolo, em função da imagem do dia 24 de julho", explicou Humberto Barbosa. "Foi assim que encontramos uma nova mancha no litoral da Paraíba, no dia 19 de julho, que nos levou a definir uma primeira embarcação suspeita."

A partir dessas imagens, o laboratório rastreou todos os navios-tanques que transportavam óleo cru nessas datas e passaram pela costa do Nordeste. No total, os pesquisadores constataram que 111 navios navegaram por lá com esse tipo específico de carga.

De todas as embarcações analisadas, concluiu-se que apenas uma delas apresentava indícios de ter sofrido algum incidente durante o trajeto que justificasse um grande vazamento de óleo como o que atingiu o país.

Segundo as informações levantadas pelo Lapis, o navio costuma fazer o trajeto de um país asiático até a Venezuela, passando pela África do Sul. Normalmente, a embarcação navega com o transponder ligado, indicando sua localização ao longo de todo o percurso. No entanto, entre o dia primeiro de julho e o dia 13 de agosto, a embarcação navegou com o transponder desligado, violando o direito marítimo internacional.

O acompanhamento via satélite mostra que o navio partiu de um país asiático em primeiro de julho. Quando passou pelo Oceano Atlântico, a embarcação seguiu um trajeto incomum e fez uma manobra que indicaria uma mudança de trajetória, justamente na altura do litoral do Nordeste.

"O percurso mostra uma alteração na direção do navio, indicando um comportamento suspeito ou um grande problema mecânico", afirmou Humberto Barbosa. "Mas é claro que ainda será necessário aprofundar essas investigações.

O navio suspeito possui uma capacidade de carga duas vezes maior do que o Bouboulina - o navio grego apontado pelo governo como o principal suspeito do vazamento --, o que justificaria as seis mil toneladas de óleo já retiradas das praias do Nordeste.

A Marinha já havia descartado a imagem do dia 24 de julho como sendo de algas e não de óleo. Sobre a nova imagem encontrada, não foi divulgado ainda um comunicado.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Óleo nas praias faz reservas para o verão caírem 30% em Morro de São Paulo

Foto: amarelinho10.blogspot.com


Segundo a Prefeitura de Cairu, o município conta com 9.418 leitos em 217 hospedarias, espalhadas pelas localidades de Morro de São Paulo, Boipeba, Moreré, Gamboa, Centro, Garapuá e São Sebastião. “A chegada do óleo gerou quedas de reservas durante duas semanas, mas estabilizou. Para o feriado de 15 de novembro devemos ter 95% de lotação, mas as vendas futuras, para o verão, estão muito prejudicadas”, disse Cristian Willy, presidente da associação. 

Para o empresário, a situação pode ser revertida até o final do ano, caso não chegue mais petróleo cru no litoral baiano. No entanto, nesta quarta-feira (13), a Prefeitura de Cairu confirmou que a praia de Garapuá apresentou novo registro de óleo. Segundo o órgão, a limpeza dos resíduos foi imediata e o monitoramento continua em todas as praias do arquipélago.
A chegada do petróleo cru no litoral de Morro de São Paulo, em Cairu, Baixo-Sul do estado, fez com que o número de reservas para o verão caísse em 30%, em comparação com o mesmo período do ano passado. A informação é da Associação Comercial e Empresarial de Cairu. Segundo a associação, a crise política e econômica pela qual passam Argentina e Chile também contribui para a queda nas reservas para o verão.