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quarta-feira, 10 de março de 2021

Setor privado do Brasil já pode comprar vacinas diretamente de fabricantes



Estados, municípios e o setor privado estão liberados para comprar vacinas contra a Covid-19. O Projeto de Lei (PL) 534/2021, que autoriza a aquisição, foi assinado nesta quarta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro. Os imunizantes escolhidos precisam ter autorização para uso emergencial ou registro definitivo no Brasil concedidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o documento, pessoas jurídicas de direito privado, como empresas, podem adquirir doses de vacinas contra a Covid-19 diretamente das farmacêuticas. Além disso, Estados, municípios e o Distrito Federal podem assumir responsabilidade civil por efeitos adversos causados pelos imunizantes, desde que eles tenham registro na Anvisa.

vacinação em hospital de são paulo, enfermeiras aplicando vacina em senhoras de idade. Empresas podem comprar vacinas e aplicar parte delas gratuitamente quando terminar a imunização de grupos prioritários. Foto: Divulgação

Enquanto a campanha de vacinação dos grupos prioritários definidos pelo ministério da Saúde estiver em curso, as doses compradas por empresas devem ser doadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Depois disso, o comprador pode ficar com metade das unidades adquiridas, desde que as aplique gratuitamente. O restante deve ser remetido ao SUS. O governo federal espera receber entre 22 e 25 milhões de doses de imunizantes em março compradas pelo ministério da Saúde.

Itens vetados

Ao assinar o PL, Bolsonaro vetou três itens que haviam sido aprovados pelo Parlamento. O principal deles era a autorização para que Estados e municípios comprassem doses de vacina em caráter suplementar com recursos da União, recursos próprios no caso de descumprimento do Plano Nacional de Imunização (PNI) ou se o governo federal não garantir cobertura imunológica suficiente contra a doença.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República justifica o veto porque já existe legislação que trata do tema. “(…) o dispositivo trata de matéria análoga à disposta no art. 13, § 3º, da Lei nº 14.124 de 2021, (…) que dispõe sobre a possibilidade de aquisição de vacinas pelos entes federativos”, diz o comunicado. Segundo a Presidência, esse dispositivo criaria despesa adicional para a União sem o estudo de impacto orçamentário e financeiro. E isso viola a Lei de Responsabilidade Fiscal.  

Outro trecho vetado estabelecia a obrigação de que o Ministério da Saúde atualizasse os painéis de informação sobre a aquisição e a aplicação de vacinas por parte do setor privado em até 48 horas. O governo alega que essa determinação só poderia ser efetivada a partir de norma elaborada pelo presidente da República, como prevê a Constituição Federal. 

Além disso, foi vetado o aspecto que estabelecia que os efeitos na nova lei deveriam retroagir à data de declaração da emergência de saúde pública pela Covid-19. Segundo o Planalto, isso faria a medida incidir em contratos celebrados anteriormente com o Poder Público – o que violaria os princípios do direito adquirido e o ato jurídico perfeito.








(Foto: Reprodução)

João Oliveira, Wenceslau Guimarães - BAHIA





Via: Agência Brasil

terça-feira, 9 de março de 2021

Covid-19: última semana registrou mais mortes do que primeiros 72 dias Igor Shimabukuro




O Brasil enfrenta o pior momento de disseminação da Covid-19. Não à toa, a última semana — de 1° a 7 de março — registrou mais mortes pela doença do que os primeiros 72 dias da pandemia no país: foram 10.482 óbitos. É a primeira vez que o Brasil tem uma taxa de mortalidade tão alta por Covid-19 em sete dias.

Para se ter ideia, de 26 de fevereiro do ano passado — quando o ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de Covid-19 no país — a 8 de maio foram registradas 10.022 mortes. São 460 óbitos a menos do que os somados na semana passada.

Os Estados com maior incidência de mortes por Covid-19 nesse período foram Acre, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Para piorar, todas as regiões têm lotações nos hospitais e alta de casos.


Na capital paulista, por exemplo, foram registradas 410 mortes por Covid-19 na semana que passou — em todo o Estado foram quase 2 mil. Além disso, o número de internações pela doença bateu recorde em 13 das 18 regiões do Estado.

Amostra de sangue com resultado positivo para Covid-19 e ao fundo uma bandeira do Brasil. O Brasil vive pior momento da crise sanitária desde o começo da pandemia. Foto: rozdemir/Shutterstock


Já Salvador, capital da Bahia, registra o maior número de internados em leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI) desde o início da pandemia: 546 pacientes até segunda-feira (8). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, as ocupações correspondem a 85% da capacidade total dos hospitais.


Em Santa Catarina, as 16 regiões são consideradas pelo governo estadual como zonas de risco potencial gravíssimo e o Estado registra média de 5 mil novos casos de Covid-19 por dia. De acordo com o monitor da Folha, responsável por medir a aceleração da pandemia no país, 204 das 304 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes apresentam alta de casos ou tendência de estabilidade, mas em patamar elevado.

Na segunda-feira, o Brasil alcançou a marca de 8,49 milhões de vacinados contra a Covid-19, segundo o consórcio de veículos de imprensa. O número, no entanto, corresponde a apenas 4% da população nacional.







(Foto: Reprodução)

João Oliveira, Wenceslau Guimarães - BAHIA





Fonte: Folha de S. Paulo