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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Pré-candidato em Feira de Santana, Carlos Geilson rechaça compor com Zé Neto

Após confirmar pré-candidatura, o radialista e ex-deputado estadual Carlos Geilson descartou qualquer possibilidade de compor chapa única com o também pré-candidato petista, Zé Neto.
Pré-candidato em Feira de Santana, Carlos Geilson rechaça compor com Zé Neto
Foto: Jefferson Peixoto/ Ag Haack
 
A especulação de uma possível união entre eles, que habitualmente marcham em campos opostos, surgiu após desfiliação de Geilson do PSDB e ingresso na base do governador Rui Costa (PT).

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

PT cria núcleos evangélicos nos estados após pedido de Lula

O PT está criando núcleos evangélicos nos estados para tentar acessar essa fatia do eleitorado fiel a Jair Bolsonaro (sem partido).
PT cria núcleos evangélicos nos estados após pedido de Lula
Foto: Ricardo Stuckert
A ação da legenda atende o pedido do ex-presidente Lula (PT).

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Marta garante que PT terá mais candidatas do que candidatos em 2020 em Salvador

"Estamos [fortes]. Nomes fortes de mulheres. Do movimento social, do movimento de mulheres, mulheres negras, sindicalistas. A lei diz que tem que ser 30%, mas pode ser o inverso. É isso que a lei diz", revelou Marta ao Bahia Notícias. A petista já foi presidente do diretório soteropolitano da legenda e, à época, não colocou em prática o discurso atual.
Marta garante que PT terá mais candidatas do que candidatos em 2020 em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram
 

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Maria do Rosário tem Carro roubado em Porto Alegre

A deputada federal Maria do Rosário (PT) teve o carro roubado hoje no centro de Porto Alegre. Criminosos armados renderam o funcionário dela e o levaram junto no assalto, liberando-o depois da Zona Leste da capital gaúcha. Tanto a deputada quanto o funcionário estão bem, informou a jornalista Kelly Matos em tweet compartilhado pela petista.

Ela registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e, apesar da violência, afirmou que "renovo minha convicção contra as armas"

Foto: Reprodução Uol


***Por Uol - conteúdo

Lula: PT “não nasceu para ser partido de apoio” e “vai polarizar”


Lula participa da Reunião da Executiva Nacional do PT em Salvador, Bahia (Ricardo Stuckert)
Lula participa da Reunião da Executiva Nacional do PT em Salvador, Bahia (Ricardo Stuckert)
O ex-presidente afirmou, ainda, que o partido não precisa fazer nenhuma autocrítica: “Quem quiser que o PT faça autocrítica, faça a crítica você. É para isso que existe a oposição”


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta quinta-feira, 14, seu primeiro pronunciamento para o partido, durante a Executiva Nacional do PT, em Salvador, na Bahia. Em meio a discussões de que o PT poderia compor candidaturas de outros partidos de esquerda nas eleições municipais do ano que vem, Lula disse que a legenda “não nasceu para ser partido de apoio” e que deve lançar candidatos em todas as cidades possíveis.

Afirmou, ainda, que o partido não precisa fazer nenhuma autocrítica. Durante discurso, citou praticamente todos os possíveis candidatos à Presidência em 2022, com críticas e ironias ao presidente Jair Bolsonaro, ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e ao apresentador de TV Luciano Huck.

Ao falar de Bolsonaro, Lula voltou a ligar o nome do presidente ao de milicianos e ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes. “Bolsonaro, não pense que eu quero brigar com esses milicianos. Não quero, essa briga resultou na (morte de) Marielle”.

Lula voltou a criticar a condução econômica do governo federal, numa demonstração do que deve ser o mote de sua atuação na oposição e atacou de forma rápida o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a quem chamou de “canalha”.

“Eu poderia ter ido para uma embaixada, mas tomei a decisão de ir para pertinho do Moro, para provar o canalha que ele foi ao me julgar”, afirmou Lula, em referência à sentença de Moro, quando era juiz da Lava Jato, no caso do triplex do Guarujá, em que o petista foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com o ex-presidente, o objetivo da operação teria sido tirar o PT da presidência. “Não quero me vingar de ninguém. Eu vou viver um pouco mais, porque hoje está claro na minha cabeça o que foi a Lava Jato e o por quê de tanta estigmatização e ódio ao PT. (…) Eles julgaram o meu mandato e não a mim”.

Acompanhado da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, e de Fernando Haddad, candidato derrotado à Presidência em 2018, Lula ainda criticou medidas recentes do governo de Jair Bolsonaro, como a MP do programa Verde e Amarelo, a reforma tributária, e o leilão da Petrobras. “Ele é como um desses desastres que acontecem de vez em quando. (…) Agora, estão querendo taxar até o salário-desemprego, criar emprego onde o cara não terá nenhum direito. É quase voltar ao tempo da escravidão”, afirmou.

Recado ao partido
Ao falar da disputa eleitoral de 2022, Lula afirmou que pode subir a rampa do Palácio do Planalto com Haddad ou com o governador da Bahia Rui Costa. “Eles não vão tirar o PT da disputa eleitoral deste País com Lula ou sem Lula. Eu posso subir a rampa do Palácio do Planalto novamente em 2022 levando Haddad, Rui e outros companheiros. O PT não nasceu para ser um partido de apoio”, enfatizou o ex-presidente. “Nós vamos lançar candidaturas em todas as cidades que for possível. Quem vai defender a Dilma? Nós somos uma família.”

O recado dado às lideranças do partido também foi claro: o PT deve se fortalecer internamente. Segundo ele, o partido deve apostar na polarização. “Sabe quem polariza? Quem disputa o título. O PT polarizou em 1989, 94, 98, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018, e vai polarizar em 2022”.

Segundo Lula, toda eleição surgem nomes novos, como o de Huck. “Todo ano, eles têm que inventar um candidato. Agora vai ser o ‘Caldeirão do Huck’. Huck e [João] Doria é como pausa e menopausa. (…) Podem inventar quem quiser, eles não vão conseguir tirar o PT da disputa eleitoral desse País”.

O ex-presidente negou a necessidade de que o partido faça uma autocrítica. O próprio governador da Bahia já declarou que o partido precisa rever sua atuação, em entrevista à revista Veja no último mês de outubro. “Tem companheiro do PT que também fala que tem que fazer autocrítica. Faça você a crítica. Eu não vou fazer o papel de oposição. A oposição existe para isso”, argumentou.

“Você já viu alguém pedir ao FHC para fazer autocrítica? Ao Bolsonaro? É só o PT. E eu, pra não ficar doente, tenho que reconhecer a autocrítica. Quem quiser que o PT faça autocrítica, faça a crítica você. É para isso que existe a oposição.”

Lula deu a entender, ainda, que o partido deve se aproximar mais de suas origens, evocando mais uma vez o discurso de classes para explicar o “ódio” que parte da população tem contra o partido. “O PT tem que sair desse momento histórico mais forte. Nós temos que saber é o que o nosso povo vive no seu dia a dia”. Segundo o petista, a esquerda brasileira “conhece muito mais sobre os heróis da revolução russa, cubana e chinesa, do que os nossos próprios heróis”.

A ideia geral do tom que o ex-presidente deve adotar daqui para frente, apurou a reportagem, é a do líder pacificador e responsável por dialogar com setores políticos de esquerda e centro para fazer frente às forças do presidente Bolsonaro, sem confrontos diretos com o chefe do Executivo nacional.

Além disso, o PT acredita que a imagem de Lula deve fazer remissão aos tempos de prosperidade econômica quando era presidente (2003-2010).

A reunião foi fechada à imprensa, com a transmissão ao vivo de alguns momentos via Facebook.

No lado de fora do Hotel Wish, onde o evento com a comitiva petista foi realizado, no centro da capital baiana, cerca de 200 militantes aguardavam que o ex-presidente acenasse na sacada da edifício, o que não aconteceu. Lula deve passar o fim de semana na Bahia, em uma praia do litoral norte (não informada), ao lado da namorada, a socióloga Rosângela da Silva.