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sábado, 6 de março de 2021

CIÊNCIA E ESPAÇO: Furacão espacial é detectado pela primeira vez; entenda



Uma equipe internacional de cientistas liderada pela Universidade de Shandong, na China, detectou pela primeira vez na história um furacão espacial. O fenômeno aconteceu na atmosfera superior do polo norte da Terra. Até então, apenas furacões na baixa atmosfera haviam sido registrados.

De acordo com o estudo publicado no Nature Communications no último dia 22 de fevereiro, o furacão espacial durou quase 8 horas no dia 20 de agosto de 2014 e foi registrado por quatro satélites do Defense Meteorological Satellite Program (DMSP), um programa de monitoramento meteorológico do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, durante uma série de observações.

Mike Lockwood, co-autor do estudo e cientista espacial da Universidade de Reading, no Reino Unido, afirmou em comunicado que até agora era incerto que furacões de plasma espacial existissem: “Então provar isso com uma observação tão impressionante é incrível. Tempestades tropicais estão associadas a grandes quantidades de energia, e esses furacões espaciais devem ser criados por uma transferência excepcionalmente grande e rápida de energia eólica solar e partículas carregadas para a atmosfera superior da Terra”.

Ilustração do furacão espacial. Créditos: Qing-He Zhang/Shandong University

O furacão era invisível a olho nu e tinha a forma de um funil com um “olho” silencioso no centro, cercado por vários braços espirais de plasma girando no sentido anti-horário (gás ionizado encontrado em todo o sistema solar, inclusive na atmosfera da Terra). Em vez de chover água, o furacão espacial fez chover elétrons diretamente na alta atmosfera da Terra.

“Plasma e campos magnéticos na atmosfera dos planetas existem em todo o universo, então as descobertas sugerem que os furacões espaciais devem ser um fenômeno generalizado”, completou Lockwood.

“Esse estudo sugere que ainda existem intensos distúrbios geomagnéticos locais e depósitos de energia que são comparáveis ​​aos de supertempestades”, acrescentou Qing-He Zhang, líder da pesquisa e professor da Universidade de Shandong.

Para ele, a descoberta sugere que alguns indicadores de atividades geomagnéticas utilizadas por cientistas “não representam adequadamente a atividade dramática dentro dos furacões espaciais”.





(Foto: Reprodução)

João Oliveira, Wenceslau Guimarães - BAHIA





Fonte: Olha Digital

quinta-feira, 4 de março de 2021

CIÊNCIA E ESPAÇO: Cientistas descobrem quando o oxigênio da Terra deve acabar



Pesquisadores da Toho University, do Japão, e da Nasa conseguiram descobrir por meio de simulações quando o oxigênio da Terra deve acabar. Porém, não há razões para se preocupar, porque isso só deve acontecer daqui a mais ou menos 1 bilhão de anos.

No artigo publicado na revista científica Nature Geoscience, Kazumi Ozaki e Christopher Reinhard descreveram os fatores utilizados nos experimentos para chegar nesses resultados. Os cientistas levaram em consideração o clima, processos biológicos e geológicos, assim como a atividade do sol.

Depois disso, eles usaram um computador para rodar a simulação e estudar como a Terra reagia a todos estes processos. A partir daí, eles descobriram que à medida que o sol fica mais quente, ele libera mais energia.

Isso deverá fazer os níveis de dióxido de carbono na atmosfera da Terra caírem, porque o gás vai absorver o calor e se decompor. Além disso, a camada de ozônio também seria queimada, em um processo que acabaria com a vida das plantas, que são as produtoras do oxigênio.

Segundo os pesquisadores, este processo levaria em torno de 10 mil anos, culminando em um período em que o CO2 alcançaria níveis tão altos que a vida vegetal será totalmente extinta, o que causaria a extinção de todas as criaturas que vivem na terra e no mar por conta da falta de uma atmosfera respirável.

Não seria o fim da vida

Algumas bactérias ainda conseguiriam sobreviver. Crédito: Domínio Público



Entretanto, apesar da morte de todo vegetal e animal terrestre e marinho, este processo não levaria ao fim de toda forma de vida na Terra. Apesar de não haver mais nenhuma criatura que respira, algumas bactérias ainda sobreviveriam.

Desta forma, o planeta voltaria ao cenário de antes da evolução de plantas e animais. De acordo com Ozaki e Reinhard, a realização desta simulação é importante para outros estudiosos que procuram vida em outros planetas, já que, segundo eles, a janela de oportunidade pode ser mais curta do que se pensava anteriormente.







(Foto: Reprodução)

João Oliveira, Wenceslau Guimarães - BAHIA





Fonte: Phys.org