quarta-feira, 18 de outubro de 2017

por educação, saúde e segurança e agora se unem para salvar a própria pele'

Marina Silva
Marina Silva, de 59 anos, já foi vereadora, deputada estadual, senadora por dois mandatos, ministra do Meio Ambiente e por duas vezes candidata a presidente do Brasil. Questionada quando vai anunciar se disputa ou não a terceira eleição presidencial, ela diz "logo, logo".
A ex-senadora prevê uma eleição "cheia de candidatos" e uma tendência de "se aprofundar a violência e a mentira na campanha". Ela poupa de críticas mais duras o ex-presidente Lula - de quem foi ministra -, e chama o deputado Jair Bolsonaro de "populista".
Marina rebate as críticas de ter sido omissa em momentos em que muitos aguardavam um posicionamento ou opiniões firmes sobre temas centrais ou disputas políticas, dizendo que "o problema é que o Brasil está tão acostumado com a polarização que quando tem um posicionamento que não está sob o guarda-chuva vermelho ou o azul, as pessoas preferem dizer que não é um posicionamento".
Ela assegura que manifestou sua opinião sobre todos os temas que pautaram o debate político - que defende com veemência a Lava Jato, que foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff, que não houve "golpe", mas que preferia a cassação da chapa Dilma-Temer.
Para Marina, o Congresso tem dificuldades em cassar seus integrantes por "corporativismo" e várias legendas de diferentes espectros políticos se unem para "salvar a própria pele". "Aqueles que nunca se juntaram para defender saúde, educação, segurança pública, infraestrutura, agora estão unidos para evitar a punição dos crimes que cometeram", diz, citando o PT, PMDB, PSDB e DEM.
Evangélica, defende o Estado laico. Ambientalista, diz que os céticos em relação ao aquecimento global são uma minoria e deveriam adotar o princípio da precaução para evitar que o homem destrua a natureza.
Leia os principais trechos da entrevista concedida à BBC Brasil em Londres, onde Marina participa de um debate e tem buscado experiências em diferentes áreas, como educação e meio ambiente, que possam ser aplicadas no Brasil.
BBC Brasil - A senhora tem viajado para fazer palestras na Europa e nos EUA. Na quarta-feira, fala no King's College, em Londres. Que mensagem traz nesse momento de turbulência política e crise econômica no Brasil, momento que a senhora definiu como "um poço sem fundo, por ser pior que o fundo do poço". Há espaço para otimismo?

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