sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Confira destaques da entrevista de Lula à sabatina do Jornal Nacional



Petista respondeu questionamentos sobre corrupção, lista tríplice da PGR, economia, relacionamento com Congresso, relação com agronegócio e militância política do PT e polarização
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o entrevistado da sabatina do Jornal Nacional, da TV Globo, nesta quinta-feira (26). O petista respondeu os questionamentos sobre corrupção, a lista tríplice da Procuradoria-Geral da República, economia, o relacionamento com o Congresso, sua relação com o agronegócio e a militância política do PT e a polarização.

O jornalista William Bonner começou a entrevista recordando que o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a condenação do caso do triplex e outras ações contra o ex-presidente, finalizando que “portanto, o candidato não deve nada à Justiça”. Logo após, o apresentou mencionou os casos de corrupção envolvendo a Petrobras durante o mandato de Lula e questionou como o candidato vai convencer os eleitores de que esse tipo de escândalo não vai se repetir.

“Primeiro, a corrupção, ela só aparece quando você permite que ela seja investigada. Eu queria começar dizendo para você uma coisa muito séria, foi no meu governo que a gente criou o Portal da Transparência, que a gente colocou a CGU para fiscalizar, que a gente criou a lei de Acesso à Informação, a gente criou a lei anticorrupção, a lei contra o crime organizado, a lei contra a lavagem de dinheiro. A AGU entrou no combate à corrupção. Criamos o Coaf para cuidar de movimentações financeiras atípicas, e colocamos o Cade para combater os cartéis", respondeu o candidato, afirmando ainda que em seus mandatos, Ministério Público e a Polícia Federal eram independentes.

Tríplice da Procuradoria-Geral da República

A jornalista Renata Vasconcelos perguntou ao ex-presidente a razão dele não citar como será sua postura, caso seja eleito, com relação à escolha da tríplice da PGR. O petista respondeu, então, que primeiro é necessário ganhar as eleições e que prometer algo antes de ganhar pode levar a erros.

“Não quero procurador leal a mim. O procurador tem que ser leal ao povo brasileiro. Ele tem que ser leal à instituição. Agora, pode ficar certa de que se eu ganhar as eleições, antes da posse, eu vou ter várias reuniões com o Ministério Público para discutir os critérios que eu acho que é importante para eles e para o Brasil”, concluiu.

Economia

Logo após, Bonner perguntou o candidato sobre como ele irá recuperar o equilíbrio das contas públicas. Lula então recordou a queda da inflação e da dívida pública em seu primeiro mandato.

“Eu digo sempre, Bonner, que tem três palavras mágicas para governar o país. Três. A primeira delas é credibilidade. A segunda delas é previsibilidade. E a terceira é estabilidade. Você tem que garantir. Primeiro que, quando você falar, as pessoas acreditam no que você fala. Quando você fala na previsibilidade, é porque ninguém pode ser pego de surpresa dormindo com mudança do governo. E a estabilidade é para você convencer, o governo cumprindo com sua tarefa, que os empresários privados do Brasil e os empresários estrangeiros, tenham condições e saibam que tem estabilidade para fazer investimento aqui dentro”, afirmou.

Em outro momento da sabatina, William Bonner disse que o candidato havia deixado claro que faria uma gestão na economia diferente da que foi feita. O petista, então, respondeu que pretende fazer uma gestão de acordo com aquilo que foi construído por ele nos mandatos anteriores.

“Eu, hoje, tenho dez partidos junto comigo e ainda tenho a experiência do ex-governador Alckmin comigo. Muita gente pensava, uns anos atrás, que era impossível Lula se juntar com Alckmin, e eu me juntei para dar uma demonstração para a sociedade brasileira que política não tem que ter ódio, política, sabe, é a coisa mais extraordinária para você estabelecer convivência entre os contrários" disse o petista.

Considerações finais

Após os 40 minutos da sabatina, Lula fez suas considerações finais.

“Eu queria dizer ao povo brasileiro que nós já provamos que é possível cuidar do povo brasileiro. Eu não gosto de utilizar a palavra governar, eu gosto de utilizar a palavra cuidar. Ou seja, tentar colocar o pobre no orçamento do país, tentar fazer com que as pessoas possam chegar à universidade, e vocês sabem que eu tenho orgulho de ter passado para a história como o presidente que mais fez universidades, que mais fez escola técnica. Nós pegamos o Brasil com 3,5 milhões de estudantes universitários e deixamos com 8 milhões. Ou seja, esse país é um país do futuro que nós precisamos construir”, finalizou o candidato.




(Foto: Reprodução)

João Oliveira, Wenceslau Guimarães - BAHIA



Fonte: https://pnoticias.com.br/noticia/eleicoes/254905-confira-destaques-da-entrevista-de-lula-a-sabatina-do-jornal-nacional

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