Igor Kannário, “O Príncipe do Gueto” fez show em Ipiau no sábado, 11 (reprodução)
Deixou de ser a cidade de Jequié, a
única do interior da Bahia a conviver com a polêmica por ter sido
cancelado, após divulgação que estava sendo feita pela produtora Tita
Eventos, com data, horário e local, um show do cantor Igor Kannário. No
último sábado (11/4), a apresentação do artista baiano na cidade de
Ilhéus foi cancelada pelo promotor do evento, Marcelo Trotta, após ter
tomado conhecimento da decisão da juíza da Vara da Infância e Juventude,
Sandra Magali Silva Mendonça, proibindo a presença de adolescentes no
evento, mesmo acompanhado dos pais. O empresário, em entrevista à
imprensa da região, considerou que o Ministério Público Estadual e a
Justiça ilheense, agiram movidos por “preconceito cultural”. O MP baiano
entrou com ação contra o evento e a juíza da Vara da Infância e
Juventude acatou. Para Trotta, não houve respeito ao princípio da
presunção de inocência quando a decisão judicial é fundamentada em ações
sofridas contra Kannário por tráfico de drogas. O cantor também é
citado por fazer apologia ao crime. Tanto o MP como a juíza observam que
o show não tinha alvará, uma das exigências legais. Esse fato impediu,
inclusive, que a Justiça identificasse os organizadores do evento. O
promotor do show disse que irá recorrer da antecipação de tutela. Trotta
não anunciou nova data para o show. Na noite de sábado (11), Igor
Kannário apresentou-se com sua banda na cidade de Ipiaú, onde foi uma
das atrações do 6° Muvuca Fest.
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