sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mesmo com corte orçamentário, despesas do governo federal crescem 10% em 2011

As despesas totais do governo federal registraram crescimento de 10,19% em 2011, para R$ 724 bilhões, ou 17,52% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (27) pela Secretaria do Tesouro Nacional.

No ano passado, o governo anunciou um corte inicial de R$ 50 bilhões nas despesas previstas no orçamento de 2011 e, posteriormente, anunciou um bloqueio extra de R$ 10 bilhões - aumentando consequentemente o valor do chamado "superávit primário" (economia feita para pagar juros da dívida pública e manter sua trajetória de queda).

Em contra partida, as receitas líquidas do governo, amparadas pela arrecadação recorde de impostos e contribuições federais, e do pagamento de cerca de R$ 20 bilhões em dividendos de empresas estatais, avançaram 16,13% no ano passado, para R$ 817,9 bilhões (19,78% do PIB). Em 2010, haviam crescido 15,1%, para R$ 704,2 bilhões, ou 18,69% do PIB (valores também excluem a operação de capitalização da Petrobras).

Segundo Arno Augustin, o Tesouro Nacional está mirando, neste ano, no cumprimento, novamente, da chamada "meta cheia" de superávit primário, ou seja, sem o abatimento dos gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Vamos cumprir a meta cheia neste ano de 2012", declarou ele. Para o governo, a meta é de R$ 97 bilhões e, para o setor público consolidado (o que inclui as empresas estatais, os estados e os municípios) é de R$ 140 bilhões.

Justamente para atingir essa meta de superávit primário, Augustin confirmou que será anunciado um corte de gastos no orçamento federal deste ano nas próximas semanas, a exemplo do que acontece em todos os anos.

Fonte: G1

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