quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"Ato Médico", projeto de lei que dá ainda mais autonomia aos médicos, é aprovado no Senado

O polêmico projeto do Ato Médico foi aprovado na última quarta-feira (8) pela Comissão de Constituição e Justiça do Congresso do Senado Federal. O texto do relator Antônio Carlos Valadares, que trata sobre o exercício da Medicina e tem impacto direto em outras áreas da saúde, foi aceito pelos senadores depois de modificações no substitutivo aprovado pela Câmara. Com a aprovação, o projeto, antes de ir ao plenário, será apreciado pelas pelas comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS).

Desde que foi apresentado no ano de 2002, o projeto tem sido alvo constante de polêmicas por determinar atividades privativas dos médicos. Com isso, outras categorias afirmavam que, caso virasse lei, o Ato Médico retiraria atribuições e limitaria as funções para os profissionais, reservando uma fatia ainda maior do mercado para os médicos.

Acupunturistas e tatuadores temerosos
Um dos tópicos tratados no Ato Médico colocou em alerta os acupunturistas e tatuadores. É que o projeto estabelece como atribuição exclusiva de médicos a indicação e a execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, o que incluiria a invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo para injeção.

Cargos de chefia e de direção: só para médicos
As discussões sobre o Ato Médico costumam se acirrar quando o tema é a exclusividade dos cargos de chefia e de direção para médicos. Caso vire lei, Psicólogos, Enfermeiros, Odontólogos, Fonoaudiólogos, Biomédicos, Fisioterapeutas e demais profissionais da saúde poderiam ocupar apenas cargos da direção administrativa dos serviços.

As demais categorias revidam argumentando que o atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar. Desta maneira não haveria motivos para que apenas um grupo de profissionais assuma a prerrogativa de direção e chefia na unidade de saúde.

Fonte: Correio da Bahia

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