quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Estudo aponta que cerca 1,5milhão de pessoas no país usam maconha todo dia

Cerca de 1,5 milhão de adolescentes e adultos consomem maconha diariamente no Brasil, aponta o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Ainda segundo o estudo, divulgado nesta quarta-feira (1), em São Paulo, mais de 3 milhões de pessoas adultas, com idade entre 18 e 59 anos, utilizaram maconha no último ano e cerca de 8 mihões de adultos (7% da população brasileira) já experimentaram maconha alguma vez -- 62% deste total tiveram o primeiro contato com a droga antes dos 18 anos.
Quanto aos adolescentes, 470 mil usaram maconha no último ano e 600 mil dizem já ter experimentado a droga alguma vez.
Segundo a Unifesp, os dados fazem parte do primeira amostragem probabilística sobre o consumo da droga no Brasil. Foram ouvidas 4.607 pessoas, com idade mínima de 14 anos, entre janeiro e março deste ano em 149 municípios de todos os estados do país.
Cem entrevistadores visitaram moradias em favelas e condomínios fechados pelo país e entregaram um questionário com 800 perguntas a voluntários, que respondiam e entregavam o documento lacrado, mantendo o anonimato.
As perguntas, segundo os pesquisadores da Unifesp, seguiram metodologias internacionais e abordavam temas como o consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas.
Legalização
Sobre a legalização da maconha no Brasil, 75% dos entrevistados são contrários à proposta; 11% apoiam,14% não se manifestaram a respeito ou não souberam responder.
De acordo com Ronaldo Laranjeiras, organizador do estudo, o questionário está mais próximo de ser um plebiscito sobre a proposta de descriminalizar o consumo da maconha no país. Ele afirma que a maior preocupação do estudo foi detectar uma maior quantidade de adolescentes como usuários da droga.
“Há quase 600 mil adolescentes usando maconha regularmente. Isso dá uma visão do tamanho do problema (...) e há um impacto do ponto de vista de saúde pública, desemprego e suicídio”, explica.

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