Aliados
da presidente Dilma Rousseff acreditam que houve erro da assessoria em
expô-la diante de um público de classe média alta durante a cerimônia de
abertura da Copa das Confederações, onde acabou vaiada por duas vezes.
Na oposição, o entendimento é de que o descontentamento com a
presidente é crescente. "Vaia de playboy não vale", disse o deputado Dr.
Rosinha (PT-PR) por meio do Twitter. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
afirmou que a situação deveria ter sido evitada pela assessoria de
Dilma. "Faltou avaliação política. Era um evento com ingresso caro, com
classe média alta, classe A, não é essa a turma da Dilma e do Lula",
afirmou Lindbergh. Presente no estádio, o deputado Cândido Vaccarezza
(PT-SP) minimizou o fato. "Político no estádio é sempre vaiado, porque o
povo ali quer ver futebol", disse. Os petistas lembram ainda que na abertura dos Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro, o então presidente Lula foi vaiado,
mas isso não impediu a eleição de sua sucessora. Na oposição, a
manifestação do público foi "comemorada". "Essa vaia é um sentimento do
país. A gente vê nas ruas que a situação é diferente de três anos atrás.
Ali estava a classe média, mas as outras classes também estão sofrendo
os efeitos da má administração do PT", afirmou Nilson Leitão (PSDB-MT),
líder da minoria na Câmara. "A presidente conseguiu uma antipatia
suprapartidária. Os fatores vão se acumulando, como a inflação, e isso
pode levá-la a uma derrota", disse o líder do DEM na Câmara, Ronaldo
Caiado (GO).
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