Em tom de ameaça, representantes regionais da classe médica rotularam
ontem de "ilegal" a atuação de profissionais cubanos no Brasil por meio
do programa Mais Médicos e prometeram acionar a polícia quando eles
começarem a trabalhar no país.
Presidentes de CRMs (Conselhos Regionais de Medicina) também chamaram o
programa de "afronta" e disseram que eventuais erros cometidos por
cubanos não serão corrigidos por brasileiros.
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A chegada de médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior
está prevista para vagas não preenchidas por brasileiros --a primeira
etapa de seleção atendeu só 10,5% das vagas.
Ontem, médicos portugueses, espanhóis e argentinos, entre outras
nacionalidades, começaram a desembarcar no país. Os profissionais
cubanos devem chegar a partir de hoje.
A principal crítica da classe médica é a dispensa aos estrangeiros do
Revalida, exame de revalidação dos diplomas obtidos no exterior. No Mais
Médicos, o governo instituiu uma avaliação de três semanas, a ser feita
no país.
"Não vamos dar registro para médico estrangeiro só porque a Dilma, o
[ministro da Saúde, Alexandre] Padilha e o [da Educação, Aloizio]
Mercadante, a tríade do mal no Brasil, estão mandando", diz o presidente
CRM do Maranhão, Abdon Murad Neto.
"É lei [o Revalida]. Não importa se o médico veio no colo do ministro ou
da Dilma. É exercício ilegal da profissão, e isso é caso de polícia",
afirma o presidente do CRM do Paraná, Alexandre Bley
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