Uma única empresa, a Companhia de Participações em Concessões (CPC)
apresentou proposta, e foi habilitada, na licitação do Sistema
Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, realizada, nesta
segunda-feira, 20, na sede da BM&F Bovespa, em São Paulo. Nesta
quarta, 21, na Bovespa, será feita a abertura da proposta econômica.
A empresa, controlada pelo Grupo Companhia de Concessão Rodoviária
(CCR), liderou, em 2006, o consórcio vencedor da primeira licitação
Parceria Público Privada (PPP) do País, para a operação e manutenção da
Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo. Mais de 500 mil pessoas utilizam a
linha diariamente.
O edital na modalidade de PPP, lançado em maio pelo governo baiano,
prevê um investimento de R$ 3,680 bilhões na complementação da Linha 1
até Pirajá e a implantação da Linha 2- Bonocô até Lauro de Freitas, além
da operação de todo o sistema por um período de 30 anos.
Caberá ao governo federal entrar com R$ 1,283 bilhões na PPP, o governo
da Bahia com R$ 1 bilhão, ficando a empresa vencedora responsável por
bancar a diferença.
Após a conclusão do metrô e a sua entrada em operação, o estado ainda
fará, nos 30 anos de concessão, um aporte financeiro anual de R$ 143
milhões, destinado basicamente a três coisas: garantir a taxa de 8% de
retorno sobre o investimento privado, remunerar a operação do sistema
(energia, manutenção, etc) e subsidiar o valor da tarifa a ser cobrado
dos usuários do metrô.
Consta no edital que o passageiro que tomar o metrô diretamente nas
estações pagará um tíquete de R$ 3,10. Já quem utilizar o bilhete
integrado (um ou mais ônibus até a estação metroviária) vai pagar
mais, R$ 3,90.
O secretário da Casa Civil da Bahia, Rui Costa, disse que o governo
ficou satisfeito com a habilitação da CPC, por se tratar de um dos
maiores conglomerados privados do País dos segmentos de concessões de
rodovias, inspeção veicular, transporte de passageiros sobre trilhos e
meios eletrônicos de pagamento.
"Nossa exigência não é apenas para construir o metrô, mas ter
experiência para operar o sistema e prestar um bom serviço", ressaltou
Costa. "É isso que vai garantir a rentabilidade do negócio".
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