A circulação de ônibus no final de linha de Tancredo Neves, em Salvador, onde cinco coletivos foram incediados
na quinta-feira (8), continuam interrompidas nesta segunda-feira (12).
Na sexta-feira (9), o Sindicato dos Rodoviários da Bahia havia
informado que o trajeto seria normalizado no sábado (10).
De acordo com os rodoviários, a decisão de não voltar a circular
normalmente até o final de linha foi tomada porque os rodoviários ainda
não se sentem seguros na localidade. Desde a quinta-feira, policiais
ocupam a área. A ação faz parte da operação "Centaurus", que visa o combate ao tráfico de drogas.
O diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, disse ao G1 nesta
segunda-feira (12) que representantes da categoria têm uma reunião
marcada com a Polícia Militar na terça-eira (13), para avaliar a
normalização do serviço de transporte no bairro. "Os trabalhadores
avaliaram que ainda não estavam em condições de voltar a circular. Foram
incendiados cinco ônibus, daqui a pouco vai ser um rodoviário. Nós
estamos preocupados com segurança dos trabalhadores e, principalmente,
da população", afirmou o diretor de comunicação do sindicato.
Em contato com o G1, a PM informou que irá se posicionar até o final do dia.
Na sexta-feira, a Polícia Militar divulgou uma nota em que afirma que
"foi acertada a intensificação do policiamento no Arvoredo e no final de
linha do bairro de Trancredo Neves, através da 23ª Companhia
Independente de Polícia Militar (CIPM), Operação Gêmeos e Rondesp
Central".
Os cinco ônibus e uma motocicleta foram incendiados na tarde da quinta-feira. Segundo informações registradas na central de polícias, no momento do crime, os veículos estavam estacionados na Rua Carla, no fim de linha do bairro. Segundo informações de testemunhas, que não quiseram se identificar, a ação é realizada por grupos ligados ao tráfico de drogas em retaliação à operação policial.
Desde o ocorrido, de acordo com o sindicato, os ônibus que fazem a linha até o bairro estão dando a volta no Condomínio Arvoredo, no início de Tancredo Neves. A distância do final de linha até o Arvoredo é de aproximadamente 1 km. "A gente sente uma segurança maior em boa parte do bairro, mas no final de linha ainda há uma sensação de insegurança. Falta iluminação, por exemplo. Do ponto de vista dos profissionais do volante o final de linha não está habitável", disse Daniel Mota.
Segundo ele, os moradores que vão até o final de linha seguem a pé, nos amarelinhos (vans que fazem parte do sistema de integração de transporte de Salvador), ou em vans do transporte alternativo.
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