Uma das questões mais cobradas nas manifestações de rua
em todo País, a reforma tributária ganhou reforço nessa terça-feira
(7/8) no discurso do governador Jaques Wagner (PT). Em Brasília, onde
cumpriu agenda extensa e se encontrou com o secretário do Tesouro
Nacional, Arno
Augustin para discutir as melhores alternativas para o refinanciamento
da dívida da Bahia com a União, o chefe do Executivo baiano defendeu a
imediata aprovação da reforma que deve mudar da atual estrutura de
legislação de impostos, taxas e outras contribuições vigentes no Brasil.
O objetivo é que a tributação seja mais igualitária, correspondendo com
os pleitos da maioria da população, que deixou claro esse recado,
durante os protestos. A reforma que depende de acordo entre os estados e
as lideranças partidárias será votada no Congresso Nacional. Participou
da reunião, o secretário estadual da Fazenda, Luiz Petitinga, que foi
convocado a participar de uma nova rodada de conversas, marcada para
amanhã, no Ministério da Fazenda..
A proposta do gestor estadual é de que as modificações não
prejudiquem os estados. Ele defendeu a aprovação rápida da reforma nos
moldes do acordo discutido entre os secretários de Fazenda, no Confaz.
Prestígio para os estados
“Temos que prestigiar a negociação realizada entre os estados”, defendeu sem especificar qual o tipo de negociação.
Entretanto, consta que o acordo aprovado no final de junho
pelos secretários de Fazenda prevê a redução das alíquotas
interestaduais de ICMS, que variam entre 7% e 12%, para 4% nas regiões Sul e Sudeste, num prazo de oito anos.
Nos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e Espírito Santo, a
alíquota ficaria em 7% para produtos industriais e agropecuários, num
período de quatro anos. Os demais produtos, como comércio e serviços,
teriam alíquota de 4%, no Sul e Sudeste, num prazo de oito anos.
Na ocasião, o secretário Petitinga destacou como natural que os
parlamentares defendessem interesses dos seus estados, mas disse
acreditar que o acordo firmado pelo Confaz iria facilitar a retomada da
discussão da reforma do ICMS.
Sobre as dívidas estaduais com a União, o governador disse após o
encontro que várias alternativas foram apresentadas a Augustin, que deve
analisar as propostas e dar um retorno na próxima semana.
Além desse debate, um dos compromissos de Wagner nessa terça-feira
(7/8) na capital federal foi assinar, no Ministério da Justiça, o termo
de adesão ao Programa Crack, É Possível Vencer, ao lado de mais sete
estados e 28 municípios.
O governador Jaques Wagner ressaltou a importância da oferta do programa, que beneficia com o tratamento de saúde.
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