Por
motivos eleitorais, a presidente Dilma Rousseff deve fazer entre
dezembro e janeiro mudanças em pelo menos um terço do seu ministério,
promovendo técnicos em algumas pastas e acatando indicações políticas de
aliados em outras. Não há previsão, porém, de mudanças no núcleo
econômico do governo. A
presidente, que confirmou nesta semana que fará substituições na equipe
até o fim do ano, tem tratado do tema com extrema discrição e mesmo os
assessores mais próximos não arriscam apontar com certeza quem comandará
os 39 ministérios em 2014. Muitos
ministros deixarão seus cargos para disputar as eleições no próximo ano
e a presidente não pretende esperar o prazo final para as
desincompatibilizações -- seis meses antes das eleições -- para fazer a
reforma ministerial. Uma
das fontes do governo consultadas pela Reuters afirmou que haverá pelo
menos 13 mudanças, considerando os ministros que sairão do governo e os
que migrarão para outras pastas. Segundo
essa fonte, que falou sob condição de anonimato, Dilma usará a reforma
para amarrar aliados ao seu projeto de reeleição, mas não quer nomear
novos ministros apenas para facilitar a montagem de palanques estaduais.
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