Seleção feminina supera pressão de 20 mil
inflamados torcedores na Arena Belgrado, passa pelas donas da casa na
final e entra para a história do handebol no país.
A vitória diante das sérvias foi a segunda no Mundial, a nona em nove
jogos na competição, para não deixar dúvidas sobre a conquista invicta.
Para completar, Babi ainda entrou para a seleção do Mundial como a
melhor goleira, e Duda foi eleita a MVP ( Sigla em inglês para jogadora mais valiosa da competição). Alexandra Nascimento, atual melhor do mundo, foi a artilheira da decisão com seis gols anotados.
Desde 1995, com a Coreia do Sul, uma seleção fora da Europa não
conquistava o Mundial feminino. O ouro no peito coroa um projeto
iniciado há quatro anos pela Confederação Brasileira de Handebol, com a
contratação do técnico dinamarquês Morten Soubak, comandante da
impecável campanha nas quadras sérvias. E, com Rio 2016 na mira, o feito
credencia o Brasil ao posto de candidato real a uma inédita medalha
olímpica na modalidade.
- O jogo que elas fizeram foi espetacular. Fica difícil dizer. Nunca
houve um jogo de handebol como esse, 20 mil pessoas jogando contra, e
elas ignoraram isso. Colocaram um compromisso na cabeça e jogaram para
isso. Meu Deus, o Brasil, um país das Américas, campeão do mundo de
handebol? Isso é difícil de acreditar - disse, emocionado, o técnico
Morten Soubak.
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