Todos os anos, após a festa de Iemanjá, a praia da Paciência,
no Rio Vermelho, ganha uma "cara" diferente. Restos de objetos jogados
ao mar, juntamente com as oferendas à rainha das águas, retornam à faixa
de areia, se misturam à paisagem natural e o resultado é um visual não
muito agradável. Fotografias postadas na rede social Facebook demonstram
que, embora em menor quantidade, materiais não biodegradáveis ainda são
jogados ao mar durante a festa, o que demonstra a necessidade de
contínuo investimento em conscientização ambiental.
Para o secretário da Cidade Sustentável, Ivanilson Gomes, em
2014, o próprio tema da festa ao 2 de Fevereiro favoreceu a diminuição
da quantidade de material não biodegradável jogado ao mar – este ano, o
presente principal levado pelos pescadores foi uma tartaruga da espécie
cabeçuda feita em resina, em tamanho real, como símbolo de preservação
do meio-ambiente e da própria espécie. Contudo, o titular da pasta
acredita que a situação ainda não é a indicada. “O ideal seria não
provocar qualquer tipo de poluição durante a festa de Iemanjá, mas
sabemos que o processo é a médio prazo”, avaliou Gomes que ainda contou,
ao Bahia Notícias, como estão os
trabalhos para a implantação do sistema de coleta seletiva na capital
baiana. “Já fizemos um mapeamento da cidade e a previsão é de que sejam
criados 200 pontos de coleta pela cidade. Nosso esforço é para que, até o
início ou meado do mês de junho, iniciem-se as atividades de
implantação do sistema”, afirmou. Serão instalados Pontos de Entrega
Voluntária (PEV) em diversas regiões da cidade e, por meio de
publicidade, a população será informada e incentivada a realizar a
coleta seletiva. De acordo com o secretário, os PEVs serão grandes
contêineres nos quais as pessoas depositarão o lixo reciclável e
catadores farão a separação do material.
Segundo Gomes, já há o recurso para a execução dos trabalhos. A
verba, cerca de R$ 19 milhões, do BNDES, sob gestão da Fundação Banco
do Brasil, e outros R$ 19 milhões, como contrapartida da prefeitura,
está assegurada. “Ao todo, são quase R$ 40 milhões disponíveis. É mais
do que suficiente para implantarmos a coleta seletiva em Salvador.
Estamos na fase de elaboração de uma carta conjunta, com uma ONG de
Salvador e outra de Porto Alegre, como procedimento necessário para que o
dinheiro seja liberado”, finalizou
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