Investigações
sobre o atentado a bomba no Riocentro, em 30 de abril de 1981, apontam
que o ataque tinha como objetivo matar artistas como Chico Buarque, Elba
Ramalho, Gonzaguinha e Fágner, que se apresentavam no local em um show
em homenagem ao Dia do Trabalho, segundo reportagem exibida pelo
Fantástico neste domingo (23). Em depoimento ao Ministério Público
Federal, o ex-delegado de polícia Cláudio Guerra assumiu que uma bomba
seria colocada no palco. “A comoção seria a morte de artistas mesmo”,
revelou. O órgão também ouviu, entre dezembro de 2013 e janeiro deste
ano, o hoje coronel reformado Wilson Machado, que estava no carro onde a
bomba explodiu. O sargento Guilherme do Rosário, no banco do carona,
morreu na explosão. “Eu nunca carreguei nenhum explosivo, não sei mexer
com nenhum explosivo, nunca mexi na minha vida. Não estou encobrindo
ninguém, e ninguém vai dizer que deu essa ordem para mim”, afirmou
Machado, que era capitão do Exército e chefe de uma seção do DOI, o
Destacamento de Operações de Informações, órgão de inteligência e
repressão da ditadura militar. Durante o depoimento, ele contou a missão
que recebeu do órgão. “O que ia fazer no Riocentro? Que ia fazer lá? Ia
identificar as pessoas que participavam. Quem estava lá, quem falou com
quem, quem... Quem levantou e falou coisa”, declarou.
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