O
presidente da 55ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de
Janeiro, Humberto Cairo, disse que a reintegração de posse que acontece,
na cidade, na manhã desta sexta-feira (11) está pior do que se
esperava. "A OAB avisou para que essa reintegração fosse feita com
cautela. Posso garantir que o melhor era o diálogo entre as pessoas.
Deveríamos sentar, conversar, ver quem realmente é necessitado ali e
fazer um cadastramento", afirma Cairo. "Não podemos aceitar o
vandalismo, nem a irregularidade, mas também não aceitamos truculência e
a situação de perigo a que estas pessoas estão sendo expostas",
acrescenta. O advogado tentava mediar um consenso entre os invasores do
antigo prédio da Telerj, no Engenho Novo, e a Telemar, que é dona do
terreno. O prédio era ocupado por cerca de cinco mil famílias há 11
dias.
Durante a ação da polícia, na manhã desta sexta, houve confusão. Após
uma das lideranças dos manifestantes ser presa, o confronto se acirrou e
os policiais usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para
controlar a situação. O repórter do
jornal O Globo, Bruno Amorim, foi preso pela Polícia Militar por
fotografar a operação. Um PM arrancou os óculos de Bruno, deu-lhe uma
chave de braço e o acusou de incitar a violência. Após ser imobilizado,
ele foi filmado pelo mesmo policial, que dizia: "Estou filmando um
repórter da Globo que estava jogando pedras. Vocês mostram a nossa cara,
agora estou mostrando a sua". O policial estava sem identificação na
farda. As informações são da Agência Brasil e de O Globo.
Fotos: G1 Rio
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