O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
Paulo Roberto Costa afirmou na delação premiada ao Ministério Público
Federal que, em 2010, o esquema de corrupção na estatal repassou R$ 1
milhão para a campanha ao Senado da petista Gleisi Hoffmann (PR). Em
2011, no início do governo da presidente Dilma Rousseff, ela se
licenciou do mandato para assumir o cargo de ministra-chefe da Casa
Civil - posto que ocupou até fevereiro deste ano. O ex-diretor da
Petrobras disse que recebeu pedido para "ajudar na candidatura" de
Gleisi. A solicitação, afirmou o ex-diretor da Petrobrás, foi feita pelo
doleiro Alberto Youssef. Costa e Youssef são alvo da Operação Lava
Jato, deflagrada em março pela Polícia Federal para combater o que
considera uma organização criminosa que se instalou na Petrobrás para
promover corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-diretor da estatal
lembrou ainda que, em 2010, o marido de Gleisi, Paulo Bernardo, ocupava o
cargo de ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão do governo Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). Neste ano, a petista concorreu ao governo do
Paraná e terminou a disputa na terceira colocação, com 14,9% dos votos.
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