quarta-feira, 29 de abril de 2015

Hospitais de Katmandu estão no limite, mas feridos não param de chegar



Terremoto provoca destruição e mata milhares no Nepal134 fotos

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28.abr.2015 - Homem caminha por escombros de casas danificadas pelo terremoto ocorrido no sábado (25) em Bhaktapur, perto da Katmandu, capital do Nepal. Os trabalhos de resgate continuam dificultados devido ao mau tempo e falta de estrutura do país para responder a um desastre dessa magnitude. A equipe das Nações Unidas para avaliação e coordenação em casos de desastre (UNDAC) advertiu que o tempo para encontrar pessoas com vida está acabando Leia mais Menahem Kahana/AFP
Os hospitais de Katmandu estão no limite de sua capacidade, mas feridos de outros distritos do Nepal continuam chegando em busca de atendimento após o terremoto que devastou o país no último sábado (25).
À medida que melhoram as comunicações com a capital, as autoridades vão conhecendo a magnitude da catástrofe em outras regiões nepalesas. O fluxo de vítimas com sérios ferimentos em direção aos hospitais de Katmandu não para de aumentar, informa nesta quarta-feira (29) o jornal local "Kantipur".

"O hospital já está lotado pelo número de pacientes, mas pessoas que moram além do Vale (de Katmandu) continuam chegando", afirmou ao jornal o diretor do Hospital Bir, o principal centro médico da capital, Swoyan Prash Pandit.

Mais de 200 pacientes estão no departamento de traumatologia da unidade, e foram mobilizados 300 médicos para atendê-los, de acordo com o diretor, que pediu a chegada imediata de ajuda, pois o hospital está a ponto de ficar sem remédios e outros materiais.

"Não precisamos de dinheiro. Enviem-nos um bom material médico e remédios", explicou Pandit, acrescentando que a maior parte dos pacientes chega com cortes na cabeça e ossos fraturados.

Situações similares são registradas em outros centros de saúde da capital, depois que o terremoto de magnitude 7,8 do sábado e cerca de 60 réplicas terem deixado mais de 5.000 mortos e 11.000 feridos.

"Nosso departamento de urgência e emergência tem capacidade para 70 pacientes. Já admitimos 80 que estão em estado grave", afirmou o diretor do Hospital Universitário Tribhuvan, Deepak Mahara.

"Quase todos os remédios estão esgotados. Os materiais também estão prestes a acabar, sobretudo gazes e antibióticos", completou.

O Ministério da Saúde do Nepal informou que em breve enviará o material médico necessário para os hospitais da capital.

A catástrofe colocou no limite um país muito pobre e com um frágil governo. Na segunda-feira, o primeiro-ministro, Sushil Koirala, reconheceu que a resposta dada pelas autoridades ao terremoto não foi adequada.

O tremor de sábado foi o de maior magnitude registrado no Nepal em quase 80 anos, além de ter sido o pior que atingiu a região desde 2005, quando um tremor matou mais de 84 mil pessoas na Caxemira, na vizinha Índia.




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