Foto: Divulgação
As acusações feitas pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto
Costa, e pelo doleiro Alberto Youssef conta a Odebrecht são parte de uma
“armação” para atingir a empreiteira, defendeu a advogada da empresa à
Folha de São Paulo. Segundo matéria publicada nesta sexta-feira (1º),
Dora Cavalcanti afirma que não há provas de que seu cliente tenha pago
propina ou integrado cartéis. "Isso pode ser um grito de desesperado ou
uma armação maior", disse à publicação. Dora avalia que os delatores
mudaram o discurso após o Supremo Tribunal Federal (STF) estabelecer que
ninguém seria preso antecipadamente e lembra que as regras da delação
definem que o acordo será anulado caso haja constatação de mentira. “Há
mais de seis meses a empresa é nocauteada com acusações gravíssimas de
propina e de cartel sem uma acusação formalizada. O Youssef diz que
recebeu representantes da empresa cujos nomes ele não lembra. [...] Isso
já é motivo para invalidar a delação”, acredita. A advogada ainda
criticou, na entrevista, que sejam aceitos “ajustes” nos depoimentos de
Youssef e Costa, e contou que os executivos da empresa estão “submetidos
a um estado de terror”. “A empresa e nenhum de seus funcionários são
réus. [...] Eles sofreram busca e apreensão, a prisão deles foi
requerida e negada, de forma ponderada, com a justificativa de que não
havia provas”, afirmou.
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