O governador Rui Costa (PT) avalia o
atual momento como, “uma das mais graves crises econômicas enfrentadas
pelo país nos últimos 20 anos”. O pacote de ajustes enviado pela
presidente Dilma Rousseff para aprovação no Congresso Nacional na sua
análise só deve surtir efeito na economia do Brasil a partir do segundo
semestre do próximo ano. “A ordem de apertar o cinto continua vigente”,
diz. Agora no segundo semestre, o governo baiano terá que pagar a
segunda parcela do aumento linear de 6,41% concedido aos 260 mil
servidores estaduais. Essa segunda parcela, de 2,91%, terá um impacto de
R$ 176 milhões na folha de pagamentos do total de R$ 390 milhões
estimados com os 6,41%. Isso num ambiente de alta das despesas com
pessoal. O segundo semestre também é o período de desembolso de 50% do
13° salário – já que os servidores recebem a primeira parcela quando
tiram férias ao longo do ano. O valor total do 13° do estado chega a R$
1,4 bilhão. A metade, R$ 700 milhões. No 1° quadrimestre de 2015, o
percentual de gastos com a folha de pagamentos já atingiu 46,03% da
Receita Corrente Líquida e o limite prudencial é de 46,17%, conforme
prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal. Apesar de tudo, o governador Rui
Costa (PT) se mostra otimista com o futuro. Autorizou a antecipação do
pagamento de 40% do salário do servidor antes do São João. De acordo
reportagem publicada no jornal A Tarde, fontes do governo pintam um
cenário não tão sombrio. Dizem que, como o estado tem capacidade de
endividamento, vai buscar um empréstimo internacional para investimento
em infraestrutura e logística. O aperto nos gastos nas secretarias,
garantem as mesmas fontes, permitirá ainda que haja recursos para
aplicar em projetos sociais como a agricultura familiar, 1° emprego e
universidades.
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