A Justiça Federal bloqueou cerca de R$ 5
milhões em bens do ex-governador baiano e ex-prefeito de Guanambi, Nilo
Coelho. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (22/9), pelo
Ministério Público Federal (MPF), que tinha solicitado que a medida
fosse tomada. De acordo com o MPF, além de Nilo Coelho, uma empresa e
outras 11 pessoas tiveram os bens bloqueados. Entre elas, o atual
secretário de Infraestrutura de Guanambi, Geovane Mercês Alves. O
bloqueio tem o objetivo de garantir o ressarcimento aos cofres públicos e
pagamento de multas por atos de improbidade administrativa praticados
durante a gestão de Nilo Coelho como prefeito de Guanambi.Segundo o MPF,
as irregularidades envolveram licitações para locação de caminhões,
construção de casas populares e reforma de um colégio. O MPF entrou com
três ações contra o grupo referente a cada tipo de serviço. De acordo
com a investigação, houve fraude na licitação realizada em 2009 para
locação de 20 caminhões. Além disso, o ex-governador também é acusado de
favorecer a empresa Cardoso Fernandes Santana Construções Ltda na
licitação realizada para construir 100 casas populares em Guanambi.
Foram destinados recursos do Ministério das Cidades para a obra. Segundo
o MPF, a empresa era de fachada, não era inscrita junto ao Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA) e não tinha
empregados. O estabelecimento foi criado para prestar serviços à
prefeitura. O ex-governador também é acusado de favorecer a empresa
individual Marilu Cardoso de Araújo, que foi contratada por meio de
licitação para reformar o Colégio Castro Alves, que fica no distrito de
Mutans. A instituição também foi constituída para participar do certame e
não tinha registrado nenhum empregado no dia da assinatura do contrato.
O MPF suspeita que não houve concorrência real
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