As panificadoras estão reduzindo a
margem de lucro e adiando o reajuste do pão francês com receio de queda
das vendas. A expectativa de aumento atingiu todo o mercado com a
escalada do dólar, que chegou a atingir R$ 4,145 na última quinta-feira
(24/9), e fechou em R$ 3,974 na última sexta (25). O motivo de
preocupação vem do fato de que 70% do trigo consumido no país vem do
exterior, principalmente da Argentina, Estados Unidos, Rússia e Canadá. A
reportagem do jornal A Tarde ouviu o presidente do Sindicato da
Indústria de Panificação e Confeitaria de Salvador (Sindipan), Mário
Augusto Pithon, que avaliou que um aumento no preço do pão francês na
conjuntura atual da economia brasileira seria um “tiro no pé” porque
impactaria diretamente nas vendas.” O mercado todo está segurando o
aumento de custos. Temos a responsabilidade de não aumentar preços de
uma hora para outra”, afirma Pithon. O sindicato estima que as padarias
tenham sofrido queda de até 30% nas vendas este ano. Caso o dólar
continue em tendência de alta, o presidente do Sindipan acredita que o
aumento seja inevitável no início do próximo ano. “Acredito que o
reajuste vai ser em janeiro, porque é o período que sabemos que vai ter
aumento de mão de obra. Nesse período é a data-base de setor e esperamos
aumentos de até 10% da mão de obra. Não tem condição de absorver esse
custo. Se dependesse de mim, esperaria até janeiro”, diz Mário Augusto
Pithon.
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