Um aplicativo na internet vai monitorar
postagens nas redes sociais que reproduzam mensagens de ódio, racismo,
intolerância e que promovam a violência. Criado pelo Laboratório de
Estudos em Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES), o instrumento será lançado este mês e permitirá que
usuários sejam identificados e denunciados. De acordo com o professor
responsável pelo projeto, Fábio Malini, os direitos humanos são vistos
de maneira pejorativa na internet e discursos de ódio tem ganhado
fôlego. “É preciso desmantelar esse processo”, defende. Por meio da
disponibilização dos dados, ele acredita que é possível criar políticas
públicas “que amparem e empoderem as vítimas”. Encomendado pelo
Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, o Monitor
de Direitos Humanos, como foi batizado o aplicativo, buscará
palavras-chaves em conversas que estimulem violência sexual contra
mulheres, racismo e discriminação contra negros, índios, imigrantes,
gays, lésbicas, travestis e transexuais. A orientação é para que as
pessoas ao se depararem com o crime cibernético guardem todas as provas e
indícios possíveis; tire fotos das denúncias, “print screen” e imprima o
material; não compartilhe ou replique comentários ofensivos ou que
incitem ao crime; crie uma rede de proteção às crianças vítimas. Não
permita que ela fique exposta aos comentários ofensivos nas redes
sociais.
Saiba onde denunciar crimes cibernéticos:
Site da Safernet: o site recolhe denúncias anôminas relacionadas a crimes de pornografia infantil, racismo, apologia e incitação a crimes contra a vida.
Canal do Cidadão do MPF: o
Ministério Público Federal recebe denúncias de diferentes tipos. A
pessoa pode optar por manter os seus dados sigilosos ou não. A
Procuradoria-Geral da República recomenda aos cidadãos apresentarem o
maior número de provas para que o processo possa ter mais agilidade.
Disque 100:
o canal recebe denúncias de abuso ou violência sexual. O serviço é
coordenado pelo Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos
Humanos. O Disque 100 funciona 24 horas por dia. As ligações são
gratuitas e podem ser feitas de qualquer local do Brasil. A denúncia é
anônima e as demandas são encaminhadas para as autoridades competentes.
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