quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Coelba ‘inverte’ fios de tensão em postes e corta 600 empregos em Salvador


Coelba ‘inverte’ fios de tensão em postes e corta 600 empregos em Salvador
Foto: Hugo Arce/ Fotos Públicas
Para evitar os famosos gatos – ligações irregulares de energia – a Coelba tem invertido a ordem dos cabos que passam pelos postes. Para evitar acidentes graves, normalmente, os fios com baixa tensão ficam mais próximos ao chão e, os de maior tensão, ficam mais distantes. Esta lógica, no entanto, tem sido invertida pela empresa. Em audiência pública, nesta quarta-feira (4), na Câmara Municipal de Salvador (CMS), o diretor de Manutenção e Operação da fornecedora de energia, Sérgio Melo, reconheceu a troca e confirmou também o objetivo. “Entendemos a preocupação da empresa com os ‘gatos’, mas não podemos aceitar isso. É um risco imenso para a vida da população. Em Salvador, por exemplo, várias crianças empinam pipa e tudo mais”, protestou, em entrevista ao Bahia Notícias, o vereador Henrique Carballal (PV), ao completar: “Vamos ao Ministério Público contra isso”. A audiência pública serviu ainda para os vereadores cobrarem que a Coelba traga de volta para Salvador o call center – que foi levado para Recife e deixou 600 soteropolitanos desempregados. “A justificativa dada foi de que a empresa, antes de ser baiana, é do Brasil. Vou procurar o prefeito ACM Neto (DEM) e garanto que ele vai comprar essa briga. Não tem cabimento. A Coelba lucra tanto com a cidade e não tem compromisso social”, apontou Carballal. Além destes dois problemas, a Coelba tem que atender a um pedido feito pelo prefeito da capital: aumentar a tensão de energia nos bairros periféricos, pois, desta forma, a prefeitura conseguirá colocar ar-condicionado nas escolas e postos de saúde. “A Coelba não garante a rede necessária e ela reconhece isso. A cidade precisa desta garantia, pois o novo PDDU vem aí e teremos empreendimentos maiores. Neto já cobrou isso deles”, finalizou. Procurada pelo Bahia Notícias, a assessoria da Coelba disse que não iria se pronunciar sobre o caso dos postes e do call center.

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