Embora o PT tenha avançado timidamente na discussão de nomes próprios para disputar a prefeitura de Salvador, a vontade maior do governador Rui Costa (PT) é ver o senador Walter Pinheiro na linha de frente.
O parlamentar já se pronunciou sobre o assunto ano passado e disse que não aceita o convite do partido para disputar o pleito na capital baiana. No entanto, conforme informações publicadas ontem pela Tribuna, o senador estaria diminuindo a resistência à ideia de ser o cabeça de chapa petista.
Nos bastidores, o que se discute é que se Pinheiro recusar disputar pelo PT, o governador o apoiaria da mesma forma se ele ingressar em algum partido aliado. Nesse campo de possibilidades, estariam o PDT, PSB e PDT, todos já especulados como prováveis destinos do senador. No caso do PDT, o senador teria carta branca no partido e evitaria que o partido continuasse no comando do deputado federal Félix Mendonça Júnior, que é um dos responsáveis pela ida da legenda para a base de apoio do prefeito ACM Neto.
Dentro do núcleo político do governador Rui Costa, o nome de Pinheiro é o único visto como potencial ameaça à reeleição de ACM Neto (DEM) nessas eleições de 2016. Recentemente, o PT destacou os nomes do ministro da Cultura, Juca Ferreira, do deputado federal Valmir Assunção e do vereador Gilmar Santiago como pré-candidatos da legenda, mas o nome de Walter Pinheiro não foi excluído e por isso segue como um caso a ser solucionado por Rui, o maior cabo eleitoral do PT nas próximas eleições municipais.
Segundo fontes ligadas ao governo, o senador petista, que havia condicionado a discussão da prefeitura de Salvador a uma eventual reeleição para o Senado em 2018, teria deixado a condicionante de lado. Rui Costa haveria lançado mão do argumento de que seu foco atualmente não é a eleição que acontecerá daqui a três anos, mas o pleito municipal que tem um adversário visto como favorito por integrantes do próprio governo petista. A preocupação, no entanto, em aceitar o desafio, seria a estratégia que Rui pretende adotar de ter várias candidaturas da sua base na corrida pelo Palácio Thomé de Souza. Por não ter perfil aventureiro, Pinheiro teria apresentado esse entrave como impedimento da concretização da vontade de Rui.
A estratégia de pulverização de candidaturas aliadas ao governo já inclui a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), o deputado estadual Sargento Isidório (Pros) e o vereador Edvaldo Brito (PTB).
Nenhum comentário:
Postar um comentário