Com dois mandatos de prefeito [2001/2004] [2004/2008] e duas derrotas consecutivas [2008 e 2012], o ex-prefeito Manoel Dantas Cardoso, o Neco, vai ter pela frente em 2016 à mais difícil de suas disputas política. A afirmação é clara e nem precisa de indagações, pois em 2001, quando foi candidato e eleito pela primeira vez, Manoel Dantas era considerado um dos mais bem sucedidos empresários do baixo sul da Bahia e tinha ao seu favor a experiência de um bom administrador.
Dono da “Kanguçu Cacau e Distribuidora de Alimentos”, o ex-prefeito usou boa parte de suas próprias finanças para entrar de cabeça na vida pública. Teve o apoio de pessoas importantes, a exemplo do ex-governador e ex-senador, o já falecido ACM e, conseguiu agregar em sua campanha os principais grupos políticos da época.
Obteve êxito no seu primeiro mandato. Tinha consigo a maioria dos vereadores, deputados eleitos, senador e governador. Sem contar que a cidade de Gandu vinha de uma estagnação de quatro anos com o ex-prefeito [1997/2000], que nada fez, além de deixar desfalques enormes nas contas do município.
Em 2016 tudo está diferente. Manoel Dantas já não é mais um empresário bem sucedido e tampouco tem ao seu lado o governo do estado. Suas finanças já não são as mesmas, gastou muito dinheiro respondendo processos eleitorais. Ele diz que não levou 1 só centavo do dinheiro público. Seu grupo político esfacelou-se depois da sua última derrota, em 2012. Dois dos seus principais financiadores “pularam do barco” e já afirmaram que não estarão junto com o ex-prefeito em 2016. Sua única esperança financeira está sendo depositada no deputado federal Ronaldo Carletto, que garantiu ajuda para a próxima eleição.
Sem dinheiro, sem confiança e sem um grupo sólido, Neco tem pela frente, além do grupo do atual prefeito Ivo Peixoto, o pré-candidato e empresário Marley Medrado, o qual segundo informações, tem dinheiro o suficiente para enfrentar uma campanha política sem precisar de empréstimos. A única saída de Manoel Dantas Cardoso é fazer o que fez na campanha de 2008, quando se reelegeu. Lotear a prefeitura e entregar cargos em troca de financiamento. Ou seja, caso seja eleito, o ex-prefeito terá poder apenas em seu gabinete, pois o restante da prefeitura será entregue aos seus financiadores de campanha. (Diário Paralelo)
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