A fábrica da Ford em Camaçari suspendeu na segunda-feira (14/3), o contrato de trabalho de 900 operários. O chamado lay-off, como alternativa à demissão, é ainda pouco utilizado pelas indústrias baianas – o que, segundo o sindicato da categoria, teria deixado os trabalhadores inseguros, durante os procedimentos burocráticos realizados ontem pelo Ministério do Trabalho. Antes do lay-off [consiste na suspensão temporária do contrato de trabalho, a partir de acordo entre a empresa e o sindicato de trabalhadores da categoria] a empresa promoveu um programa de demissão voluntária (PDV), que teria sido adotado por 440 operários. O governo federal se responsabiliza pelo pagamento dos salários até limite do teto do seguro-desemprego. Se o valor ficar abaixo do salário do empregado, a empresa deve pagar a diferença. Na prática, os funcionários que aderiram ao PDV da Ford asseguram, além do pagamento dos recursos previstos no direito trabalhista, um incentivo extra: em média, R$ 30 mil, oferecido para a adesão ao programa, conforme informou o sindicato. Neste caso, o contrato foi rescindido, configurando o desligamento efetivo. Já quem acabou tendo o contrato suspenso em lay-off oficialmente mantém o vínculo empregatício com a empresa, no caso por cinco meses, com previsão de renovação por mais cinco. Durante o período, o trabalhador recebe a bolsa qualificação para fazer um curso de capacitação na área, que é obrigatório. Os recursos são do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
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