Foto: Teresa Anacleto/ ICMBio
O resgate de tamanduás-mirins pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no Litoral Norte baiano aumentou nos últimos dois anos, indicando a caça da espécie na região. Segundo informações do jornal Correio, o número de animais que chegam ao centro passou de um por ano para oito a nove por ano. O coordenador do Cetas, Josiano Torezani, afirma que o perfil dos tamanduás é semelhante, em geral filhotes encontrados no Litoral Norte. Ele explica que isso indica a caça – a mãe é levada e o filhote é abandonado. De acordo com o Cetas, o mamífero é alvo por conta de sua carne. “Se você parar para analisar, o pessoal mata mesmo para tomar com cachaça hoje em dia. É por diversão. São poucos que matam para sobreviver (se não tiver o que comer)”, afirma Torezani. A espécie ainda não é ameaçada de extinção. “Se continuar nesse ritmo, mais cedo ou mais tarde, eles podem entrar na lista”, aponta o gestor. Também aumentou o resgate de gaviões-carijó e carcarás, que vem aparecendo com maior frequência nos últimos quatro anos. Os animais chegam ao centro vindos de Salvador e da Região Metropolitana de Salvador (RMS), geralmente com partes do corpo mutiladas. “Eles capturam o animal ainda filhote, botam presilha nas pernas e fazem falcoaria. Mas o animal voa e alguém traz para cá. Isso tem acontecido muito na RMS. Tem um grupo que tem feito muito isso na região”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário