quinta-feira, 27 de abril de 2017

Médicos de maternidade referência lutam com empresa por direitos trabalhistas

Médicos de maternidade referência lutam com empresa por direitos trabalhistas
Após paralisação de advertência realizada no último dia 17 (veja aqui), os médicos da Maternidade de Referência Professor José Maria de Magalhães Netto não descartam a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado. Sob administração do Instituto Hygia, a unidade tem passado por dificuldades preocupantes por se tratar da principal maternidade do estado, afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), Francisco Magalhães. "Temos uma redução de vagas sistêmica nas maternidades não só na Bahia, mas em todo o Brasil. Ela está passando por uma dificuldade e tem uma situação diferenciada das outras porque é de referência. Todo caso especial vai para essa maternidade", completou ao ressaltar que a unidade vem sofrendo redução na equipe, principalmente de médicos, auxiliares e enfermeiros. Segundo Magalhães, as principais reivindicações dos médicos da unidade estão relacionadas ao vínculo empregatício e pagamento de salários. "Sentamos na última quarta com a Hygia e com a Sesab [Secretaria de Saúde da Bahia] e externamos a necessidade de se estabelecer de imediato a questão do vínculo dos médicos, com CLT, além do pagamento em dia", pontuou. Após a assembleia, houve uma promessa de regularização dos problemas, mas os profissionais permanecem sem uma definição da empresa. "Nós estamos esperando uma convocação, porque saímos da reunião com a definição que eles devem em pouco tempo resolver a questão do vínculo e do pagamento do pessoal. Me parece que os PJ [pessoa jurídica] já pagaram recentemente. Agora, nos aproximando de outro mês, já pensamos que será uma nova luta", ressaltou o presidente do Sindimed. Ainda assim, reconheceu que a relação desta empresa com o sindicato melhorou, já que estão aparentemente mais abertos ao diálogo. O histórico da Hygia pode se tornar um ponto preocupante na relação, já que a empresa é acusada de deixar uma dívida de mais de R$ 95 milhões no Hospital Municipal de Barueri, em São Paulo. "A população se torna vítima, a mulher se torna vitima dessa situação caótica precarizada. A maioria das maternidades hoje está em uma situação que é um inferno", avaliou Magalhães.

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