Foto: Luana Ribeiro / Bahia Notícias
Como o setor judiciário presta um serviço essencial, a categoria não aderiu à greve geral por completo. Cerca de 30% do efetivo das comarcas baianas segue com atividades como emissão de Certidão de Nascimento, Certidão de Óbito, realização de casamentos pré-agendados e liminares urgentes. "Fora isso, todas as comarcas estão paralisadas em todo o Estado", ressalta Maurício Souza, diretor de mobilização do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud). Apoiador do movimento que acontece nesta sexta (30), Souza não vê com bons olhos a atuação do Poder Judiciário em meio à Operação Lava Jato. Para ele, a visibilidade conquistada por figuras do Supremo Tribunal Federal (STF) e de instâncias inferiores é negativa. "O que está acontecendo no Brasil hoje é um golpe de Estado via judiciário. Nós representamos os servidores do judiciário, mas os juízes, como Sérgio Moro, Joaquim Barbosa e companhia estão prestando um desserviço à sociedade brasileira, rasgando a Constituição, passando por cima da lei com arbitrariedade, com perseguições, com vazamentos seletivos de depoimentos pra consolidar esse golpe que está posto aí", acusa. Para o servidor, manter um presidente com mais de 90% de rejeição popular chega a ser perigoso para o país – opinião corroborada pela diretora social do Sinpojud, Girlene. A servidora destaca que as reformas propostas pelo governo representam um retrocesso para a classe trabalhadora. Aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta quarta (28), a reforma trabalhista segue para votação no plenário. Diante disso, o sindicato avalia que o transtorno gerado com a mobilização é passageiro – o trânsito está travado nas principais vias da capital baiana (veja aqui). "Mas caso a reforma não passe, o benefício é permanente", pontua Souza.
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