sexta-feira, 30 de junho de 2017

PUBLICIDADE Política Baianos esperam rejeição da reforma

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Baianos esperam rejeição da reforma trabalhista no plenário do Senado, após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aprovar o relatório da proposta do Planalto na noite da última quarta-feira (28). Com voto em separado, a senadora Lídice da Mata (PSB) reiterou seu posicionamento de que o projeto “é uma crueldade contra o trabalhador brasileiro”. A senadora baiana lembrou que o relatório não considerou nenhuma das mais de 780 emendas apresentadas pelos diversos senadores.
“Não há saída. A única saída é votar completamente não. É dizer não a uma reforma trabalhista que é prejudicial ao trabalhador brasileiro; destruidora da Justiça do Trabalho no Brasil; e que pune de forma mais profunda ainda o direito da mulher trabalhadora em nosso País”, afirmou a socialista ainda antes do resultado, cuja votação foi 16 a 9 pela aprovação do PLC (projeto de lei complementar) 38/2017, pelo qual o governo propõe a reforma trabalhista.
Após a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça, a matéria segue para votação em plenário, onde Lídice da Mata tem esperança de rejeição. O plenário do Senado é composto por 81 parlamentares, e para aprovar o projeto, o governo precisa apenas de maioria simples, que é metade mais um. Para Lídice, a reforma trabalhista é “cruel e perversa”. Ela aclama seus correligionários e os demais aliados de oposição a “não admitir sua aprovação”. “Esperamos que o Senado possa votar não à reforma trabalhista, uma reforma imposta por um governo cada vez mais sem legitimidade pela realidade da política brasileira. A alternativa do bom senso e da racionalidade nos conduziria a continuar debatendo a reforma, sem votar hoje (na CCJ) e sem votar no plenário, pois este governo não tem condições de dar sustentação a uma reforma desta natureza. E este governo e esta reforma levarão a um conflito de classes no País”, disse a senadora do PSB.
Quem também é terminantemente contra a proposta de reforma trabalhista é o senador Otto Alencar (PSD). Em entrevista à Tribuna na última segunda-feira (26), ele também demonstrou esperança de que o governo seja derrotado em plenário, e assim como afirma Lídice da Mata, ele reclama do fato de o governo não permitir nenhuma emenda ao texto original, nem mesmo de senadores da base de sustentação ao Planalto. 
“Eu fiz quatro emendas e não aceitaram. Nenhuma emenda foi aceita. E essas emendas corrigiriam fatos negativos para a segurança do trabalho. Se aceitassem essas emendas, nós votaríamos a favor. Só que o governo não quis aceitar nenhuma emenda de nenhum senador da composição, porque desejava que o presidente vetasse o que ele achasse que deveria vetar ou então pudesse corrigir o que era nocivo ao trabalhador por medidas provisórias. Nós votamos contra exatamente por isso, pela intransigência do governo. O governo foi muito intransigente, por isso perdeu e poderá perder também na Comissão de Constituição e Justiça, porque já existe um movimento contra essa posição inflexível de não aceitar as emendas”, disse Otto.

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