terça-feira, 13 de junho de 2017

Vídeo registra momento que PMs abordam mulher em confusão na Barra

Vídeo registra momento que PMs abordam mulher em confusão na Barra
 Um vídeo que registrou uma confusão ocorrida dentro de uma loja de conveniência de um posto de combustíveis na Rua Miguel Burnier, na Barra, mostra o momento em que a advogada Eduarda Mercês Gomes é abordada pela Polícia Militar. O caso aconteceu por volta das 21h30, por volta das 21h30. No vídeo, uma equipe da PM imobiliza a mulher de maneira agressiva – um dos policiais ouve uma queixa de uma das mulheres presentes, que pede para que ele tire o pé da barriga de Eduarda. Um homem que também estava no local chama a atenção sobre a abordagem, que estava sendo feita por policiais do sexo masculino. “É mulher que tinha que estar aí, ó”. Um homem se aproxima dos policiais e é afastado com um forte empurrão, caindo sobre mesas e cadeiras do estabelecimento. Enquanto Eduarda é encaminhada pela viatura, a guarnição recebe vaias e gritos – outros presentes registram a detenção com o celular. Eduarda grita para uma pessoa não identificada: “eu sou advogada, porra, eles se lascaram”. Segundo informações do jornal Correio, o conflito começou quando um rapaz pediu para usar o banheiro da loja e foi impedido por um funcionário, que informou que ele não poderia utilizar o sanitário sem ter consumido nada no local. “Ela se prontificou a pagar qualquer coisa para que ele usasse o banheiro, porém um dos empregados disse que não ia deixar ele usar o banheiro, porque já estava tendo confusão naquele lugar e que já tinha chamado a polícia", relatou o advogado Roberto João Starteri Filho, que acompanhou o caso. Ainda de acordo com a defesa de Eduarda, ela se apresentou como advogada à polícia, para tentar mediar a situação. "Os policiais a jogaram no chão, subiram em cima do corpo dela, e também a algemaram", relatou. Ela foi encaminhada à Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde o caso foi registrado. A assessoria da Polícia Militar, em nota, relatou outra versão dos fatos. Em nota, a PM afirma que os policiais foram acionados para atender uma ocorrência de ameaça a um funcionário do posto de gasolina, porque os clientes queriam usar um banheiro que estava interditado. "Os clientes tentaram agredir o funcionário fisicamente e proferiram palavras de cunho racista", diz o comunicado oficial. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a advogada foi indiciada por injúria racial ao funcionário do posto de gasolina e por desacato a um policial da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Barra). A polícia informou também que Eduarda não fez nenhum registro de agressão contra os PMs, mas recebeu uma guia para fazer os exames de lesão corporal. Segundo a titular da 14ª Delegacia (Barra), Carmen Dolores Bittencourt, que vai apurar o ocorrido, o processo foi encaminhado para a unidade na tarde desta segunda. "Recebi o inquérito, ela (advogada) foi acusada de injúria racial. Vou intimar as testemunhas e solicitar as imagens do circuito interno do posto e da loja". O advogado de Eduarda nega o crime de injúria racial. "Ela me disse que não agrediu nenhum policial, e no depoimento ela disse que não agrediu policial e que não proferiu palavra de baixo calão", afirmou. A advogada passou por exames no Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues após deixar a Central de Flagrantes, e passou por novos exames nesta segunda-feira (12). "Depois, ela foi levada para a delegacia de flagrantes, foi no IML fazer o exame de corpo de delito. E hoje foi fazer exames particulares, porque ela me disse que não conseguiu nem dormir de dor", contou Starteri. Veja abaixo o momento da abordagem:

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