segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Advogado de adolescente que agrediu professora diz que ele vai se apresentar na terça-feira

Professora relatou agressão em rede social (Foto: Reprodução/Facebook)
O advogado Diego Valgas, que defende o adolescente de 15 anos que agrediu a professora Márcia Friggi, de 51 anos, afirmou neste domingo (27) que o jovem deve se apresentar em audiência na próxima terça-feira (29). O caso aconteceu na segunda-feira (21) em uma escola de Indaial, no Vale.
A Justiça determinou na sexta-feira (25) a internação provisória do jovem. No entanto, ele não foi localizado. O advogado afirma que ainda não foi oficialmente notificado da decisão da Justiça. "Ele irá se apresentar espontaneamente na audiência terça, às 14h, havendo ou não ordem de internação provisória", afirmou Valgas.
Em entrevista ao Fantástico deste domingo, o garoto reafirmou o que disse à polícia. "Quero mostrar para as pessoas que eu não sou um monstro. A única coisa que tenhoa dizer é que estou bastante arrependido. Isso não deveria ter acontecido"
A mãe dele contou que o menino vivenciou episódios de violência doméstica em casa. "Ele via o pai chegar bêbado batendo, me espancando. Ele chegou a apanhar do pai várias vezes, não foi só uma vez. Acho que tudo isso mexe com ele, com certeza", disse a mãe, hoje separada, com quem o adolescente vive em Santa Catarina.
A professora, que ainda se recupera em casa, diz que pretende voltar às salas de aula: "Em respeito aos meus bons alunos, porque eu tenho muitos bons alunos, carinhosos, respeitosos. Por eles e pela educação eu volto, se meu olho voltar a brilhar. Hoje ele está fechado, mas se ele voltar a brilhar, eu volto", disse Márcia.
'Casa de parentes'
O advogado informou que o adolescente foi para a casa de parentes na região de Indaial, após ter sofrido ameaças. O defensor classificou a medida como "um ato lamentável que traria consequências irreversíveis".
A internação foi pedida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Segundo a promotora Patrícia Dagostin, o adolescente se apresentou nesta sexta à promotoria com seu advogado, mas não quis falar sobre a agressão e manteve a versão dada à polícia. "O Ministério Público considera que conduta dele é grave. As fotos revelam como a professora ficou, não bastasse isso, ocorreu dentro do ambiente escolar. Há um histórico de reiteração de agressões", disse a promotora ao G1.

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